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Por contra de tratamento ‘precoce’ médicos acionam Ministério Público

Muito discutido, o tratamento precoce contra a covid-19, que reúne medicamentos ineficazes contra a doença, levaram entidades médicas a entrarem com representação no Ministério Público Federal contra o Conselho Federal de Medicina (CFM).

Ainda assim, mesmo diversos estudos científicos já tenham mostrado que drogas como a hidroxicloroquina e a azitromicina não funcionam contra o coronavírus. Contudo, A prescrição desses remédios tem aval do CFM, que, em abril de 2020, emitiu parecer autorizando os médicos a indicarem hidroxicloroquina e azitromicina. Na época, ainda não havia evidências definitivas sobre a eficácia das drogas.

Esse, porém, não é o mesmo entendimento de outras entidades médicas. Em março, a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgou documento assinado por dezenas de sociedades científicas e associações federadas em que defendia o banimento do uso desses fármacos.

Por outro lado, o Estadão apurou que o episódio criou conflitos mais calorosos entre entidades. Alguns diretores de sociedades científicas que ainda apoiam o “tratamento precoce” acusaram a AMB de estar sendo influenciada por razões políticas. ”

Contudo, médicos contrarios a manutenção da postura do CFM entraram com representação no MPF-SP; pedindo aos procuradores a abertura de inquérito “para apurar a responsabilidade civil, administrativa ou penal da diretoria do CFM” quanto ao tema. Dessa forma, especialistas classifica o posicionamento do conselho de “omisso e grave nas providências que lhe caberiam tomar contra a disseminação da falsa ideia de existência de tratamento precoce eficaz contra a covid-19”.

 

 

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