Estudo publicado no periódico científico Jama Dermatology revela que a poluição do ar poderia ser um gatilho capaz de disparar episódios de psoríase em quem tem predisposição à doença.
Os autores avaliaram retrospectivamente dados de quase mil pacientes em acompanhamento ambulatorial dermatológico no Hospital Universitário de Verona. Além disso, cruzaram informações dos poluentes presentes na atmosfera fornecidos por um instituto oficial. Os poluentes medidos eram principalmente os associados com a queima de combustíveis fósseis por veículos e emissões industriais, como monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, benzeno. Partículas grossas e partículas finas – substâncias que todos estão expostos.
Os pacientes foram avaliados a cada três ou quatro meses por um período de quase três anos. De acordo com o estudo a concentração de sujeira no ar era significativamente mais alta nos dois meses anteriores às crises, em comparação com as visitas controle.
A psoríase é uma doença autoimune inflamatória e crônica, determinada geneticamente, que causa lesões avermelhadas na pele que descamam. Estima-se que a doença atinja cerca de 2% da população.
“Os efeitos da poluição na pele estão cada vez mais sendo estudados e sabe-se que ela pode aumentar a produção de radicais livres, que são prejudiciais, por exemplo”, diz o dermatologista Beni Grinblat, do Hospital Israelita Albert Einstein. “No entanto, na psoríase é difícil falar em evitar fatores de risco”, explica.
Dependendo da extensão e da área da lesão, e do impacto na qualidade de vida do paciente, o tratamento pode ser tópico. Com uso de pomadas, com fototerapia à base de radiação ultravioleta, medicamentos orais ou as alternativas mais modernas. Remédios imunobiológicos aplicados de forma subcutânea. Por ser uma doença crônica, normalmente o tratamento é pela vida toda.