A curcumina, substância encontrada no pó amarelo-alaranjado extraído da raiz da curcuma ou açafrão-da-índia, que segundo estudos publicados em revistas de Saúde pode ajudar a combater vários tipos de câncer, o mal de Parkinson e o de Alzheimer e até mesmo retardar o envelhecimento, tem outra função segundo cientistas da USP de São Carlos e da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos): prejudica o desenvolvimento das larvas de Aedes aegypti, o vetor da dengue, impedindo que cheguem à fase adulta.
Para os pesquisadores, locais onde se acumula água, como poças, pequenos lagos com curcumina fazem com que as larvas dos Aedes se tornem fotossensíveis e morram quando expostas à luz do sol, de lâmpadas fluorescentes ou de LEDs. Bastam 15 mg para cada litro e água para liquidar as larvas expostas no sol, afirma o professor Salvador Bagnato, da USP. Segundo ele, pessoas que vem usando o açafrão sem processamento químico contra os mosquitos, vêm obtendo efeitos.
A pesquisa está sendo desenvolvida pelo Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica, em São Carlos, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).