Um dos principais exames educacionais do mundo, o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, na sigla em inglês) avalia o conhecimento em leitura, matemática e ciência de estudantes de 15 anos, em 79 países. Segundo o Pisa, avaliação internacional da educação, divulgado nesta terça-feira (3),Estudantes brasileiros de perfil socioeconômico e cultural mais elevados têm capacidade de leitura pior que a de alunos pobres de outros países. Os resultados de 2018 foram divulgados nesta terça-feira (3), em todo o mundo.
A prova é organizada pela OCDE, organização que reúne países desenvolvidos. Nações como o Brasil entram como convidadas. Cada país tem um responsável local. No Brasil, é o Inep (instituto de pesquisa do Ministério da Educação). O exame é feito a cada três anos, desde 2000. Na edição de 2018, quase todos os alunos fizeram a prova no computador, sendo a maior parte de forma dissertativa.
Os estudantes têm duas horas para completar o exame, que usa a metodologia de teoria de resposta ao item, semelhante ao Enem. A organização pontua no relatório de resultados da avaliação que o Brasil avançou em matemática entre 2003 e 2018, mas a melhora ficou concentrada nos primeiros anos desse período.
Na fase seguinte, a tendência é de estagnação. “Após 2009, em matemática, leitura e ciências, a performance parece variar em tendência estável”, diz o texto.
O Brasil ocupa no ranking da avaliação a 42ª posição em leitura, destaque do relatório deste ano, a 58ª em matemática e 53ª em ciências. A situação mais grave é a de matemática. Apenas 32% dos brasileiros atingiram o mínimo na disciplina no país, enquanto a média dos integrantes da OCDE é de 76%.
Em ciências, 45% dos brasileiros chegam ao mínimo, ante média da OCDE de 78%. Eles conseguem identificar, em casos simples, quando uma conclusão é válida com base nos dados disponíveis. Em leitura, 50% no país chegam ao mínimo, ou seja, conseguem identificar a informação principal de um texto de tamanho médio. A média da organização é de 77%.
O nível máximo é atingido por apenas 2% dos brasileiros em leitura e 1% em matemática e ciências. A média da OCDE é de 9%, 11% e 7%, respectivamente. Como ponto positivo para o Brasil, o relatório destaca a inclusão de alunos na escola no período entre 2000 e 2012.