A fosfoetalonamina sintética – conhecida como pílula do câncer – desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo – USP, e usada para tratamento alternativo do câncer, pode ser testada e produzida pelo governo do Rio Grande do Sul, que mostrou interesse após repercussão do medicamento.
Nesta quarta-feira (4), foram definidos os termos de um contrato entre a equipe detentora da patente da substância e o Laboratório Farmacêutico do Rio Grande do Sul – Lafergs – em uma reunião na Assembleia Legislativa do Estado.
Em meio a reunião, o deputado Marlon Santos, também organizador do evento, pronunciou que o governador José Ivo Sartori deu aval para os testes com a substância. Segundo Marlon, os ensaios clínicos serão realizados em um hospital estadual e uma equipe médica ligada à Secretaria da Saúde do Estado deve trabalhar em conjunto com os pesquisadores paulistas. O parlamentar garante que vai conseguir o registro da Anvisa e fazer o medicamento no Rio Grande do Sul para atender todo o Brasil. Entretanto, Marlon afirma que alguns detalhes do contrato ou convênio com os pesquisadores ainda serão definidos.
Na ocasião, o presidente do Lafergs, Paulo Mayorga, comunicou aos presentes que a instituição tem condições de produzir as cápsulas da pílula do câncer, segundo informou o deputado, ao acrescentar que os insumos devem ser fornecidos pela Fundação de Ciência e Tecnologia – Cientec, vinculada ao governo estadual.
Estiveram presentes no encontro, representantes dos ministérios públicos estadual e federal e do Tribunal de Justiça do Estado, além de dois pesquisadores envolvidos no projeto. O ex-professor da USP, Gilberto Orivaldo Chierice, primeiro a sintetizar a substância, e o cancerologista Renato Meneguelo, um dos detentores da patente, participaram da reunião em videoconferência.
*Redação Saúde no Ar Salvador (L.O)