O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), anunciou, nesta quarta-feira (5), o início da segunda fase de testes clínicos da fosfoetanolamina, composto que ficou conhecido popularmente como “pílula do câncer”. A nova etapa deve começar na segunda-feira que vem, 10 de outubro.
Esta etapa, que avaliará a eficácia da droga, envolverá cerca de 200 novos pacientes: são mais de 20 pacientes em cada um dos 10 grupos de tumor: cabeça e pescoço, pulmão, mama, cólon e reto, colo uterino, próstata, melanoma, pâncreas, estômago e fígado. A primeira etapa, com 10 pacientes, avaliou apenas que a substância é segura.
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Esses voluntários serão recrutados entre os pacientes que já são atendidos pelo Icesp. Podem participar aqueles que já não têm alternativa de tratamento curativo.
“Pacientes que ainda têm algum tipo de tratamento curativo não participam do estudo por razões óbvias. É um tratamento experimental”, afirmou Paulo Hoff, diretor-geral do Icesp, durante o anúncio. Além disso, o paciente tem que estar em boas condições físicas, para garantir que seu sistema imune está funcionando, e que poderiam se abster de tratamentos de outro tipo por dois meses sem grandes riscos para a saúde.
Terceira etapa pode chegar a mil pacientes
Caso pelo menos três pacientes de cada grupo tenham benefícios com o uso da droga, o grupo pode ser expandido progressivamente. Esta seria a terceira etapa da pesquisa, que poderia chegar a mil pacientes.
Caso menos de três pacientes tenham benefícios dentro do grupo, o estudo é descontinuado para aquele tipo de câncer. “Se 19 pacientes progredirem na doença, independentemente de conhecimentos estatísticos, todos concordaríamos que não seria adequado prosseguir com o estudo”, exemplificou Hoff.
Redação Saúde no Ar
João Neto