Pesquisa realizada por cientistas brasileiros revelou que pessoas que tiveram dengue têm mais propensão a desenvolverem sintomas da covid-19; caso infectados pelo vírus. O estudo, analisou amostras sanguíneas de 1.285 moradores da cidade de Mâncio Lima (AC), na região amazônica.
Coordenado pelo professor da Universidade de São Paulo (USP) Marcelo Urbano Ferreira; a pesquisa contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (Fapesp); com publicação na revista Clinical Infectious Diseases.
Além disso, a pesquisa conclui “Relatamos um risco aumentado de covid-19 clinicamente aparente entre as pessoas da região amazônica com infecção prévia por dengue, com importantes implicações para a saúde pública”.
Dessa forma, as amostras de sangue utilizadas no estudo eram coletas de novembro de 2019 e novembro de 2020. Assim, o material submetido a testes capazes de detectar anticorpos contra os quatro sorotipos da dengue e também contra o novo coronavírus.
De acordo com os pesquisadores, “Por meio de análises estatísticas, concluímos que a infecção prévia pelo vírus da dengue não altera o risco de um indivíduo ser contaminado pelo SARS-CoV-2. Por outro lado, ficou claro que quem teve dengue no passado apresentou mais chance de ter sintomas uma vez infectado pelo novo coronavírus”, disse à Agência Fapesp, Vanessa Nicolete, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, e uma das autoras do artigo.
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