As pesquisas sobre a fosfoetanolamina sintética – conhecida como pílula do câncer – receberão um investimento no valor de R$ 10 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI. A finalidade é descobrir se a polêmica substância produzida por um laboratório da Universidade de São Paulo – USP, tem potencial para tratar o câncer. O anúncio oficial foi feito pelo órgão, no próprio site, nesta quinta-feira (12).
Segundo a publicação, o valor anunciado, R$ 10 milhões, é considerado bastante significativo para a ciência brasileira, especialmente num período de forte ajuste fiscal e contingenciamento nas contas do governo. A pasta ainda informou que um primeiro repasse, equivalente a R$ 2 milhões, sairá do orçamento do ministério este ano. No entanto, o restante será repassado em duas parcelas de R$ 4 milhões, nos próximos dois anos.
O acordo foi firmado nesta quinta-feira (12), em Brasília em meio uma reunião com o recém-empossado ministro Celso Pansera e com representantes da comunidade científica e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. Um plano de trabalho oficial para dar andamento às pesquisas, pretende ser anunciado ainda na próxima segunda-feira.
O fornecimento da pílula a pacientes com câncer foi suspenso pelo Tribunal de Justiça de São Paulo – TJ-SP – nesta quarta-feira (11). Com determinação, adotada pelo Órgão Especial do tribunal, foram cassadas todas as liminares de primeira instância que obrigavam a Universidade de São Paulo (USP) a fornecer a substância.
Fosfoetanolamina – A substância foi desenvolvida por um grupo de pesquisadores liderados pelo químico Gilberto Chierice, atualmente professor aposentado. Durante muitos anos, a substância foi fornecida gratuitamente para pessoas interessadas, mesmo sem ter passado por testes necessários.
*Redação saúde no Ar Salvador (L.O)