Ao analisar a amostra de óleo encontrada na praia da Barra na última semana, pesquisadores do Centro de Excelência em Geoquímica do Petróleo, Energia e Meio ambiente do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (Lepreto), chegaram à conclusão de que o óleo tem correlação com o petróleo produzido no país de Kuwait.
De acordo com laudo técnico, possivelmente, o descarte de água oleosa de tanques de algum navio petroleiro transitando no mar da Bahia, tenha sido a causa do aparecimento dos “tar balls” (bolas de óleo) na praia da Barra.
A análise realizada constatou que este óleo não é o mesmo de 2019, proveniente da Venezuela. Nem do óleo de 2022, originário do golfo do México.
Além dos encontrados na Barra, os fragmentos de óleo também apareceram em outras praias de Salvador. O material estava nas faixas de areia das praias de Amaralina, Pituaçu, Ondina, Paciência, Corsário e Jardim de Alah.
Com relação ao caso de domingo, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) já havia informado que as manchas ainda são resquícios do material que atingiu a costa brasileira e começaram a chegar na Bahia em outubro de 2019. Na ocasião, as manchas atingiram mais de 120 praias da região Nordeste afetando a vida marinha.
Além da capital, fragmentos de óleo também apareceram nas praias do litoral de Ilhéus, cidade localizada no sul da Bahia. De acordo com o Centro de Excelência em Geoquímica do Petróleo, Energia e Meio ambiente do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia, amostras de óleo encontradas no litoral sul da Bahia também passarão por analise.
Força-tarefa
O governo do estado anunciou nesta última sexta-feira (15), que intensificou os esforços para identificar a origem da contaminação do óleo. A ação acontece por intermédio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
O governo estadual aponta o aparecimento de manchas em cinco cidades baianas: Salvador, Cairu, Jaguaripe, Vera Cruz e Valença.
Uma equipe formada pelo secretário da Sema, Eduardo Mendonça Sodré Martins. Bem como pelos diretores Eduardo Topázio e Antônio Martins Rocha sobrevoaram às praias dos municípios atingidos para avaliar a dimensão das manchas de óleo.