Pesquisadores da Fiocruz estudam plantas medicinais usadas por índios

Projeto deve resultar em um acervo de pesquisa na língua guarani

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) estão analisando plantas medicinais usadas por índios Guarani-Kaiowá (Jiga). para  tratamentos fitoterápicos contra a tuberculose, em  Mato Grosso do Sul

O trabalho é coordenado pelos pesquisadores Islândia Carvalho, da Fiocruz Pernambuco, e Paulo Basta, da Escola de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz). Os extratos utilizados em terapias auxiliares ou no tratamento da tuberculose pulmonar terão o potencial farmacológico testado no Departamento de Imunologia da Fiocruz Pernambuco.

O projeto deve resultar em um grande acervo de pesquisa na língua guarani e na instalação de um jardim terapêutico na Aldeia Amambai, com coordenação do Grupo de Jovens Indígenas Guarani-Kaiowá (Jiga).

O estudo tem como ideia central o conceito de intermedicalidade, em que intervenções em saúde consideram também as crenças culturais e práticas terapêuticas dos povos originários. A proposta é obter, com a troca de saberes, um uso seguro desses fitoterápicos em associação com os medicamentos alopáticos indicados para a tuberculose.

Um estudo anterior, conduzido pelos pesquisadores da UFPE Rene Duarte e Rafael Ximenes, já havia resultado no Acervo Pohã Ñana, que apresenta o conhecimento sobre práticas tradicionais de cura e um catálogo com 82 plantas medicinais utilizadas pelo povo guarani-kaiowá de forma sistematizada e em conteúdo bilíngue. Com a pesquisa atual, esse acervo deve ser ampliado.

O jornalismo independente e imparcial com informações contextualizadas tem um lugar importante na construção de uma sociedade , saudável, próspera e sustentável. Ajude-nos na missão de difundir informações baseadas em evidências. Apoie e compartilhe