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Pesquisadores baianos transformam TVs piratas apreendidas em minicomputadores

Anualmente a Receita Federal apreende milhares de mercadorias; dessas apreensões, alguns materiais são destinados à destruição. Visando encontrar um destino mais sustentável para esses equipamentos, a Receita Federal, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Ufrb), Campus Feira de Santana, e outras universidades brasileiras, colocaram em ação um projeto que transforma os aparelhos de TV Box captados pela receita em minicomputadores para doação aos estudantes de instituições públicas.

De acordo com Raissa Tavares, coordenadora do projeto na Ufrb, a proposta tem três eixos de execução: descaracterização, robôs assistivos e educacionais e data Logger. “A descaracterização se dá pela remoção do software que dá acesso ilegal aos satélites e bloqueia o aparelho para que ele não possa ser TV pirata. O segundo ponto diz que o elemento que compõe o robô deverá ser de baixa complexidade e de baixo custo. No último eixo, nomeado de data Logger, podem ser instalados programas para realização de coleta de dados. Neste processo de implementação, serão realizados testes de usabilidade e capacidade de armazenamento”, explica.

Assim, com a realização do projeto, muitos alunos poderão beneficiar-se com os minicomputadores advindos de diversos aparelhos que seriam destruídos. “Em Feira de Santana, estima-se que poderão ser potencialmente favorecidos, com a destinação dos minicomputadores, mais de 46 mil alunos de escolas públicas, matriculados nos anos finais e no ensino médio. Essa é uma demanda de forte relevância social, em função da grande necessidade de computadores nas redes de ensino público e a possibilidade de proporcionar o acesso dos estudantes à tecnologia”.

O projeto, que está em desenvolvimento, conta com um grupo nacional formado por diversas instituições públicas e privadas. Na Bahia, tem a participação da UFRB, por meio do Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (Cetens).

 

 

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