Um estudo feito por 60 pesquisadores pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e da Fundação Getúlio Vargas (FGV). sobre as políticas públicas de controle da pandemia adotadas por 30 países de todos os continentes, concluiu que os países que seguiram as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e aliaram medidas de saúde a políticas sociais tiveram os melhores resultados no combate a pandemia.
O estudo diz que o presidente Bolsonaro defendeu políticas de saúde que refletem a “pseudociência” e o “negacionismo” e contribuiu para a desinformação sobre a pandemia. Ele decidiu ignorar as orientações da OMS e as políticas de saúde baseadas em evidência
“Não podemos voltar no tempo e rever a história, mas, se o presidente tivesse escolhido outros caminhos, o Brasil poderia ter apresentado um desempenho muito melhor. Poderíamos ser um exemplo”, diz Elize Massard, professora da FGV e uma das autoras do estudo.
“Houve pouca coordenação entre os ministérios da Economia e da Saúde. Para combater a pandemia deve haver políticas sociais que protejam os trabalhadores e permitam às pessoas ficarem em casa”, diz Elize.
“Bolsonaro interferiu no Ministério da Saúde como nunca antes visto no período democrático. Ele interveio em protocolos de tratamento e até no modo de divulgação dos dados da pandemia.”
Outras ações de Bolsonaro que dificultaram o enfrentamento da pandemia são mencionadas no estudo. Uma delas foi a demora no fechamento das fronteiras terrestres e aéreas, que estão sob a jurisdição federal.