Pesquisadoras brasileiras desenvolvem pomada que cicatriza ferimentos em diabéticos

Uma pesquisa da Universidade Positivo, no Paraná,  desenvolveu uma pomada feita com óleo da erva baleeira para curar ferimentos de diabéticos. A enfermidade é a principal causa de amputações de membros em todo o mundo.

A dificuldade do pâncreas em produzir insulina suficiente causa diversas consequências à saúde, como glicemia alta, sede, problemas na visão e dificuldade para cicatrizar machucados.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem dezesseis  milhões de diabéticos no mundo.

As orientadoras Thais Casagrande e Leila Maranho, junto com a aluna de mestrado Jéssica Martim, começaram a estudar a Cordia verbenacea, conhecida como erva baleeira ou maria-milagrosa, pois o avô diabético de Jéssica fazia um chá com as folhas para ajudar na cicatrização. Ao estudarem a planta – que pode ser encontrada ao longo da restinga do litoral brasileiro –, elas viram que seu óleo poderia ser aplicado diretamente nos ferimentos, em forma de pomada.

A extração da Cordia verbenácea precisa da autorização de órgãos ambientais, porque é uma vegetação protegida. Além disso, a colheita deve ser feita no período certo para que os princípios ativos sejam preservados.

Para testar a descoberta, as pesquisadoras utilizaram ratos de laboratório, que tiveram diabetes induzido. As cobais foram observadas durante 18 meses de estudo, e os resultados surpreenderam: os animais tratados com a pomada apresentaram melhora na lesão apenas com oito dias de tratamento. Após 15 dias, a ferida já tinha fechado quase totalmente. “A cicatrização fica linda. Sem quaisquer problemas”, diz Maranho. As cientistas afirmam que a pomada não causa dor, ardência ou formigamento, nem tem cheiro forte.

O próximo passo das pesquisadoras é patentear o medicamento e tentar que alguma empresa farmacêutica se interesse em comercializá-lo.

Fonte: Galileu

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