A evasão escolar é um grave problema no Brasil. De acordo com pesquisa realizada pelo Sesi/Senai (Serviço Social da Indústria/Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), em parceria com o Instituto FSB Pesquisa depois dos 16 anos, apenas 15% estão em salas de aula.
”Só 15% da população atualmente estuda. É claro que, na idade escolar, o número sobe para 53%”, afirmou o diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi.
Segundo a pesquisa, das pessoas que não estudam, 57% disseram que abandonaram a sala de aula porque não tinham condições. Além disso, a necessidade de trabalhar apresentou o principal motivo com 47% para interrupção dos estudos.
O levantamento mostrou que apenas 38% das pessoas com mais de 16 anos de idade que atualmente não estudam alcançaram a escolaridade que gostariam. A pesquisa também mostra que 18% dos jovens de 16 a 24 anos, tem como razão para deixar de estudar a gravidez ou o nascimento de uma criança.
A evasão escolar por gravidez ou pela chegada de um filho é maior entre mulheres (13%), moradores do Nordeste (14%) e das capitais (14%) – o dobro da média nacional, de 7%.
O levantamento contou com a participação de 2.007 pessoas com idade a partir de 16 anos divididos nas 27 unidades federativas. Entre os entrevistados a maioria dos jovens acima dos 16 anos considera que a maioria dos que têm ensino médio ou ensino superior considera-se pouco preparada ou despreparada para o mercado de trabalho.
Entre as pessoas que responderam a pesquisa, 23% disseram que a alfabetização deveria ser prioridade para o governo. Seguida pela instituição de creches (16%) e pela ênfase no ensino médio (15%).
A educação pública é vista como boa ou ótima por 30% da população, índice que sobe para 50% quando se fala de educação privada.