Um estudo feito pela Fiocruz e por três universidades brasileiras mostra a relação da fumaça com doenças respiratórias e até com câncer.
As principais vítimas são as crianças que nascem nas cidades alcançadas pela fumaça. Os problemas começam ainda na gestação e determinam limitações importantes durante a vida escolar.
“Nós temos a perda da cognição a perda do aprendizado a perda da memorização da capacidade de aprendizado.”afirmou, Sandra Hacom, pesquisadora da Fiocruz.
A pesquisa da Fiocruz em parceria com a USP, e as universidades federais do Rio de janeiro e Rio Grande do Norte, analisou cerca de 4.000 crianças na Amazônia e revela um aumento de 50% do número de bebês que nascem abaixo do peso, onde há queimadas. Outro dado preocupante: 24% das crianças entre 06 e 11 anos de idade, sofrem de asma principalmente nos períodos de queimadas.
Boa parte do Estado do Acre está coberto de fumaça há um mês. A secretaria estadual de saúde do Acre, registrou 47 mil casos da doença.
Em Alta Floresta no norte do Mato Grosso, a concentração de poluição no ar chegou a ficar 26 vezes acima do recomendado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Em Cuiabá crianças e idosos lotam os postos de saúde.
Em Porto Velho, 380 crianças são atendidas todos os dias em um hospital infantil. Um aumento de 110% em relação ao mês passado.
Em Lábrea, interior do Amazonas, as queimadas aumentaram em 15% os custos na saúde. A informação é do Secretário municipal da cidade, Dário Vicente da Silva.
Os pesquisadores da Fiocruz afirmam que um dos poluentes encontrados nas queimadas podem provocar câncer.
Um poluente carcinogênico, chamado reteno. Até o momento não foi confirmado casos de câncer em consequência das queimadas.
Jorge Roriz
Fonte: Bom Dia Brasil (Rede Globo)