Categories: Alimentação

Garrafas de água reutilizáveis

Uma pesquisa encomendada pela Treadmill, empresa norte-americana que vende esteiras e acessórios para academias, aponta que as garrafas de água reutilizáveis, utilizadas durante uma semana, sem lavar, por frequentadores de academia possuem quatro vezes mais bactérias que uma vasilha de água utilizada por cachorros. Cada garrafa chega a apresentar cerca de 313 mil colônias de bactéria por cm², das quais cerca de 60 % pode causar infecções de pele ou generalizadas e até pneumonia.

Os pesquisadores analisaram quatro tipos de garrafas: com canudo embutido, com tampa que sai, squeeze e slide top (com tampa que desliza) e  verificaram uma presença assustadora de germes. Dentre os modelos verificados, a que apresentou o pior resultado é o modelo com tampa que desliza, pois a sua superfície teve até 933,3 mil colônias de bactéria/cm², quase 20 vezes mais do que o pote para o pet.

Confira também

Efeito placebo influencia benefícios dos exercícios físicos

Os riscos da musculação na adolescência

Esse modelo também continha a maior porcentagem (17%) de bactérias gram-positivas cocos, responsáveis por infecções cutâneas e generalizadas e pneumonia. Já o modelo considerado o mais limpo é o com canudo embutido. De acordo com o médico, professor de Infectologia da PUC-SP, Fernando Ruiz. “O contato com a boca humana municia constantemente o acúmulo de bactérias nesses recipientes. Estudos históricos mostram que passam de 700 as espécies já descritas”, afirmou em entrevista ao Estadão.

Em tempo, Ruiz tranquiliza os usuários dessas garrafas e afirma que só a presença de germes não é decisiva para um indivíduo adoecer. Feridas na boca (cárie, diabete, placas bacterianas, gengivite e aftas), por exemplo, facilitam que a bactéria caia na corrente sanguínea e cause pneumonia ou infecções graves. Imunidade baixa também facilita que uma enfermidade se manifeste. Mas o especialista também ressalta a importância da limpeza desses recipientes. “A limpeza das garrafinhas deve ser feita com detergente comum e de forma frequente, principalmente onde pode se acumular umidade ou formar placas de biofilme (conglomerado de bactérias), como os canudos”, diz o infectologista.

Fonte: BN

Redação Saúde no Ar*

João Neto

O jornalismo independente e imparcial com informações contextualizadas tem um lugar importante na construção de uma sociedade , saudável, próspera e sustentável. Ajude-nos na missão de difundir informações baseadas em evidências. Apoie e compartilhe
João Neto

Share
Published by
João Neto

Recent Posts

Concurso TSE – Provas serão realizadas 08/12 – Inscrição até 18/07

As inscrições para o concurso unificado da Justiça Eleitoral terminam na próxima quinta-feira (18), às…

3 horas ago

2023 bate recorde de bebês com doenças respiratórias

Número chegou a 153 mil no ano, com média de 419 por dia De acordo…

4 horas ago

Saúde nos Bairros chega a São Cristóvão e Alto de Coutos

O programa Saúde nos Bairros está present , em mais duas localidades de Salvador: São…

5 horas ago

Médicos comemoram – Brasil saiu da lista dos 20 países com menores índices de vacinação infantil

Pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial da…

5 horas ago

Evento – A Importância da vida ativa na 3ª idade

A radialista Patricia Tosta, apresentadora do Programa Em Sintonia veiculado pela @Cardealfm, está chegando com…

5 horas ago

Número de motoristas com problemas de visão aumenta 80% no Brasil

Dados de 2014 da Senatran, Secretaria Nacional de Trânsito, órgão máximo executivo do Sistema Nacional…

18 horas ago