Estudo estima 17 mil mortes por tratamento de covid-19 com cloroquina
Pesquisadores da França e do Canadá em um estudo que reúne dados coletados com diferentes metodologias, e teve as conclusões publicadas neste ano no periódico científico Biomedicine & Pharmacotherapy., concluiu que o uso de hidroxicloroquina para tratar pacientes hospitalizados com covid-19, pode estar relacionado a cerca de 17 mil mortes em seis países: Bélgica, França, Itália, Espanha, Estados Unidos e Turquia. Nos EUA a estimativa é de que 7,5 mil pessoas morreram.
Não existe a estimativa de mortes por cloroquina no Brasil, porém, estima-se que o número é alto devido aos incentivos de uso dado pelo ex- presidente Bolsonaro.
A medicação não causa problemas quando usada com as recomendações da bula, As mortes foram causadas no uso, sem previsão na bula (off label),para covid. Originalmente, a hidroxicloroquina é indicada para o tratamento de doenças como malária, lúpus e artrite, mas, durante a pandemia de covid-19, seu uso foi defendido por autoridades políticas, como ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo depois de evidências científicas mostrarem ineficácia e riscos.
A estimativa foi feita por pesquisadores da França e do Canadá em um estudo que reúne dados coletados com diferentes metodologias, e teve as conclusões publicadas com ressalvas neste ano no periódico científico Biomedicine & Pharmacotherapy.
Os autores afirmam que, apesar das limitações do estudo e de suas imprecisões, ele ilustra o perigo de, no manejo de futuras emergências, mudar a recomendação de um medicamento com base em evidências fracas. O número de mortes estimado, de 16.990, pode estar tanto sub como superestimado, mas certamente seria muito maior se houvesse dados disponíveis para mais países, ponderam.
Os cientistas estimaram ainda que o uso do medicamento pode ser associado a um aumento de 11% na taxa de mortalidade de pacientes hospitalizados.
“Esse estudo ilustra as limitações de extrapolar tratamentos de condições crônicas para condições agudas sem dados precisos, e a necessidade de produzir rapidamente evidência de alto nível em testes clínicos randomizados para doenças emergentes”, diz o artigo.
Já nos primeiros meses da pandemia, a Organização Mundial da Saúde suspendeu os testes para tratamento da covid-19 com a hidroxicloroquina, para preservar a segurança dos pacientes e por reconhecer sua ineficácia.
O estudo publicado neste ano pelos pesquisadores franceses e canadenses reforça que o uso prolongado do medicamento aumenta o risco de problemas cardiovasculares. Os pesquisadores ainda citam um estudo de colegas brasileiros que relaciona a hidroxicloroquina a efeitos colaterais no coração e no fígado.
Agência Brasil
Nesta quarta-feira, 17.07, no Programa Em Sintonia, da Rádio Cardeal FM106.1, Patrícia Tosta entrevistou, Dr.…
Nesta quarta- feira, o presidene Lula assinou um decreto que cria o Sistema Nacional de…
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entraram em greve nesta terça-feira (16)…
O Serviço Municipal de Intermediação de Mão de Obra (Simm) oferece 54 vagas de emprego…
O vício em jogos de azar é uma doença classificada pela Organização Mundial da Saúde…
O aplicativo Meu SUS Digital, do Ministério da Saúde, vai permitir que profissionais da saúde…