Foto: Melanie Gonick/MIT / Divulgação
Foi desenvolvido por uma equipe do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) nos Estados Unidos, um novo material feito de um plástico biocompatível que consegue proteger e "esticar" a pele, suavizando rugas e marcas de expressão de forma temporária.
O objetivo é que o plástico flexível e transparente substitua as cirurgias plásticas, que possuem vários riscos, não são reversíveis e nem sempre apresentam os resultados esperados.
O material, um polímero à base de silicone que pode ser aplicado na pele como uma camada fina e imperceptível, imita as propriedades mecânicas e elásticas da pele saudável e jovem.
Foram realizados testes iniciais com seres humanos, neles o material foi capaz de remodelar olheiras sob as pálpebras inferiores e também melhorar a hidratação da pele. Funcionando como uma espécie de "segunda pele", ele também poderia ser adaptado para fornecer proteção ultravioleta de longa duração, de acordo com os pesquisadores.
Segunda pele de plástico
Os pesquisadores realizaram testes nos materiais em busca de um que melhor imitasse a aparência, a força e a elasticidade da pele humana saudável.
Em testes realizados em laboratório, o material apresentou propriedades elásticas muito semelhantes às da pele humana, retornando ao seu estado original após ter sido esticado mais de 250%, foi observado que a pele natural pode ser esticada em cerca de 180%.
Cirurgia plástica substituída por plástico
Nos testes iniciais, que ainda não foram submetidos para aprovação pelas autoridades de saúde, a "segunda pele de plástico" foi aplicada por um processo de duas etapas: os componentes de siloxano são inicialmente aplicados sobre a pele, seguidos por um catalisador de platina que induz o polímero a formar uma película reticulada forte.
As duas camadas são aplicadas na forma de cremes ou pomadas e, uma vez espalhadas sobre a pele, o plástico torna-se essencialmente invisível. O material permanece sobre a pele, cumprindo sua função e mantendo a aparência, por até 24 horas.
De acordo com a equipe, a partir do seu desenvolvimento, o material também poderá ser usado para administrar medicamentos e para ajudar a tratar condições de pele como eczema e outros tipos de dermatite.
Redação Saúde no Ar*
Tamires Moreno