Uma pele artificial em experimento capaz de sentir os objetos é criada por pesquisadores da Universidade de Stanford, na Califórnia. A pesquisa conduzida por Alex Chortos e Andre Berndt foi publicada na revista “Science”, nesta quinta-feira (14). As informações são da AFP.
Segundo os cientistas, mesmo nas primeiras etapas de desenvolvimento, a pele artificial poderia também melhorar o controle das próteses e minimizar ou eliminar a sensação de “membro fantasma” que afeta 80% dos amputados.
Para o desenvolvimento da tecnologia, foram utilizados circuitos orgânicos flexíveis e sensores de pressão que reproduzisse a sensibilidade da pele, explicam os autores. Eles ressaltam também que puderam transmitir estes sinais sensoriais para as células cerebrais de ratos de laboratório por meio da optogenética – novo campo de investigação que combina ótica e genética. A optogenética se baseia principalmente numa proteína que tem a propriedade de ativar-se com a luz azul.
Após análises, os autores converteram a pressão estática de um objeto sobre a pele, em sinais digitais comparáveis aos diferentes graus de resistência mecânica que pode detectar a pele humana.
Nanotubos de carbono de forma piramidal, também foram utilizados para fabricar os sensores. Eles são particularmente eficazes para canalizar os sinais do campo elétrico dos objetos próximos. Estes últimos são captados por eletrodos.
Mesmo considerando a pesquisa promissora, Polina Anikeeva e Ryan Koppes, do laboratório de pesquisa eletrônica do Massachusetts Institute of Technology – MIT, destacaram em um artigo publicado também na revista Science que reproduzir as propriedades mecânicas e as funções da pele é um desafio difícil de engenharia.
Já Anikeeva e Koppes, que não participaram do estudo, destacaram a aceleração dos progressos no campo dos circuitos eletrônicos flexíveis e orgânicos que permitem desenvolver miniaturas de sensores epidérmicos.
*Redação Saúde no Ar