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Pedrinho não aguenta esperar transplante e morre

A família de Pedro Gomes Oliveira (Pedrinho), de um ano, conseguiu no dia 20 de julho liminar para que o governo brasileiro custeasse todas as despesas do transplante multivisceral, nos Estados Unidos. A Polícia Federal expediu os passaportes no dia seguinte, a taxa para o visto norte-americano seria paga hoje (10.08)e a expectativa era embarcar até o fim do mês. “Faltava contratar a UTI aérea até Miami”, revelou o advogado dos pais da criança José Antônio Guimarães Fraga.

Mas, depois de passar quase todos os dias da sua pequena vida na UTI neonatal de um hospital em Belo Horizonte, para onde foi levado no segundo dia depois de nascer, Pedrinho morreu neste domingo (09.08). Segundo o advogado , nenhuma medicação surtia mais efeito. A morte foi constatada às 14h45h, por infecção generalizada, devido ao comprometimento de vários órgãos, principalmente os rins.

Os advogados que acompanharam o caso agora planejam entrar com ação para obrigar a União a implantar de vez no país o tratamento para a síndrome do intestino curto. “Pedrinho está descansando em paz, mas não aguentamos mais perder os nossos filhos dessa forma. É muita omissão”, desabafou Fraga, que cuida do caso.

Os pais de Pedrinho, que nasceu em Eunápolis, na Bahia, não tinham condições de pagar pelo transplante e lançaram na internet a campanha “Salve o Pedrinho”, em busca de doações. De acordo com o advogado, o dinheiro arrecadado (cerca de R$ 1 milhão) será usado para ajudar famílias de outros bebês que sofrem com a síndrome do intestino curto, uma rara malformação congênita. Estima-se que outras 40 crianças vivam o mesmo drama no país.

A família esperava desde abril por uma posição da Justiça. Fraga entende que a decisão chegou tarde demais. “Não podemos mais aceitar isso”, disse. “O médico brasileiro que faria a cirurgia em Miami se colocou à disposição do governo brasileiro para implementar os procedimentos aqui. Falta vencer a má vontade dos nossos governantes. Quantos mais precisam morrer?” indaga o advogado.

Fonte: O Estado de Minas

A.V.

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Jorge Roriz

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