Papa reabre investigações contra o padre acusado de abusos

O papa Francisco ordenou a reabertura do caso do jesuíta esloveno Marko Rupnik, que foi acusado de cometer abusos de poder e sexuais contra várias religiosas.As vítimas de Rupnik lamentaram que ninguém no Vaticano as tivesse ouvido, assim como que a Doutrina da Fé não tivesse sancionado o jesuíta por estes abusos.

”Em setembro, a Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores denunciou ao papa os sérios problemas na condução do caso Rupnik e a falta de proximidade com as vítimas. Em consequência, o Santo Padre decidiu derrogar a prescrição para permitir a realização de um julgamento”, disse, nesta sexta-feira, a assessoria de imprensa do Vaticano.

O comunicado acrescenta que o papa “está firmemente convencido de que, se há algo que a Igreja deve aprender com o Sínodo, é ouvir com atenção e compaixão aqueles que sofrem, especialmente aqueles que se sentem marginalizados pela Igreja”.

De acordo com a cronologia publicada pela Companhia de Jesus no seu site em relação a este episódio, a Congregação para a Doutrinada Fé emitiu um decreto em maio de 2020 que puniu o jesuíta com a excomunhão pelo crime de “absolvição de um cúmplice de um pecado contra o sexto mandamento”, mas logo depois, com um ato extraordinário, a excomunhão foi suspensa.

Não se sabe por que motivo a excomunhão foi suspensa. Segundo alguns meios de comunicação, o papa é a única autoridade que pode fazê-lo,

Com a possível abertura de um novo processo, o padre poderá ser condenado à expulsão do sacerdócio. Os acontecimentos de supostos abusos sexuais remontam ao início da década de 1990 e envolveram supostos abusos psicológicos e sexuais de freiras da comunidade eslovena Loyola de Ljubljana, fundada por um religioso de quem Rupnik era amigo e pai espiritual.

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