Na próxima quarta-feira (4), o Papa Francisco atualiza após oito anos balanço, sugestões e ações a respeito da devastação da mudança climática provocada pelo homem.
O breve seguimento da encíclica “Laudato Si” (Louvado Seja) de 2015 é publicado pouco antes do início de uma nova rodada de negociações climáticas da ONU, que ocorre em Dubai, em um contexto de advertências de que o mundo está longe de alcançar as metas de redução de emissões de carbono.
O novo texto, “Laudate Deum” (Louvado seja Deus), será “um olhar sobre o que aconteceu e dirá o que deve ser feito”, disse Francisco, de 86 anos, que abre nesta quarta, no Vaticano, um sínodo para pensar sobre o futuro da Igreja Católica.
A escrita original, de cerca de 200 páginas, está destinada a todos os habitantes do planeta com um chamado à ação global solidária para proteger “nosso lar comum”. Fundamentada na pesquisa climática, a “Laudato Si” afirma, claramente, que a humanidade é responsável pelo aquecimento global e adverte que o ritmo acelerado de mudança e degradação levou o mundo a um “ponto de ruptura”.
Meses depois, houve um avanço nas negociações climáticas em Paris. Quase todos os países se comprometeram a limitar o aquecimento a menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais. Segundo especialistas, o Vaticano teve um papel significativo nos bastidores.
Em setembro, porém, a ONU alertou que o mundo está longe de atingir essas metas.