Pandora Papers: Investigações jornalística revela quem possui empresas em paraísos fiscais

A maior investigação jornalística da história, em parceria com mais de 600 jornalistas de 151 veículos — em 117 países e territórios.
revela empresas em paraísos fiscais de ministros de Bolsonaro, bilionários, reis e estrelas do pop.
e foi realizada a partir de 11,5 milhões de documentos relacionados a milhares de empresas abertas em paraísos fiscais, por poderosos de diferentes esferas. Dos ministros Paulo Guedes e Roberto Campos Neto a grandes empresários, como os sócios da Prevent Senior, da MRV Engenharia e da Riachuelo, a lista inclui ainda bolsonaristas, 300 políticos e autoridades de mais de 90 países.

Os documentos do Pandora Papers mostram que 66 dos maiores devedores brasileiros de impostos, cujas dívidas somam R$ 16,6 bilhões, mantêm offshores com milhões depositados em paraísos fiscais. Dentre eles, estão desde o empresário Eike Batista e o inventário do ex-deputado José Janene, estrela do Mensalão e morto em 2010, até desconhecidos do público em geral, mas que figuraram em esquemas de corrupção sob investigação da Polícia Federal.

No Brasil, é permitido ter offshores, desde que declaradas à Receita Federal e, quando seus ativos ultrapassam US$ 1 milhão, ao Banco Central.

Para chegar à lista, a reportagem selecionou os nomes de todos os devedores com débitos somados superiores a R$ 20 milhões inscritos na Dívida Ativa da União. Depois disso, esses nomes foram buscados no banco de dados do Pandora Papers.

Os empresários bolsonaristas Otávio Fakhoury e Marcos Bellizia, investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das fake news — que apura o financiamento e a disseminação de notícias falsas e ataques contra ministros da Corte —, são donos de offshores nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal no Caribe. Fakhoury, presidente do PTB de São Paulo e alvo da CPI da Pandemia, também possui uma empresa sediada no Panamá, cujos ativos chegam a US$ 3 milhões. “Todas estão dentro da lei”, diz ele, que apresentou comprovantes do Imposto de Renda à Agência Pública.

O código de ética do funcionalismo e a lei 12.813 proíbe que quem ocupa cargo público que possa tomar decisões econômicas  possam ter offshore porque há conflito de interesses. Se o ministro da economia toma decisões que elevam o dólar, ele lucra. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central e o ministro da economia Paulo Guedes, estão na lista como proprietários de offshores,

Deputados da oposição afirmam que Guedes e Roberto Campos,  possui informações privilegiadas e podem ter lucro isso é incompatível com as atribuições dos cargos que eles ocupam.

65 empresas mais devedoras do Brasil possuem offshoes e devem 16 bilhões a União

JR

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