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Pandemia: Fome ameaça matar mais do que vírus em 2020

Segundo o Centro para Comunidades Livres da Fome na Universidade Drexel, o número de pessoas que passam fome em 2020 pode ser até 132 milhões maior do que se estimava anteriormente. Com o avanço da pandemia do novo coronavírus a população perdeu o poder de compra. Algumas projeções mostram que, até o fim do ano, a Covid-19 causará um número maior de mortes diárias por fome do que pela infecção pelo vírus. Atualmente já foram 848.084 vidas perdidas em decorrência da pandemia.

“Veremos as cicatrizes dessa crise por gerações”, disse Mariana Chilton, diretora do Centro. “Em 2120, ainda estaremos falando sobre essa crise.” Milhões de pessoas foram demitidas e não têm dinheiro suficiente para alimentar suas famílias, apesar dos trilhões de dólares em estímulos governamentais que embalaram recordes nas bolsas globais.

Além da crise econômica, medidas de isolamento social e interrupções nas cadeias de abastecimento também criaram um sério problema de distribuição de alimentos. A paralisação súbita dos restaurantes levou produtores a despejar leite e destruir ovos por não conseguirem redirecionar mercadorias para supermercados nem para pessoas necessitadas.Previsões iniciais da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que, no pior cenário possível, cerca de um décimo da população mundial não terá comida suficiente este ano.

Os efeitos serão duradouros. Na melhor das hipóteses, a ONU prevê que a fome será maior ao longo da próxima década do que o previsto antes da pandemia. Em 2030, o número de subnutridos pode chegar a 909 milhões, em comparação com um cenário pré-Covid de 841 milhões.

Ao final do ano, até 12 mil pessoas podem morrer diariamente de fome causada pela Covid-19, potencialmente mais do que o número de mortes causadas pelo próprio vírus, segundo estimativas da organização beneficente Oxfam International. O cálculo se baseia em um salto de mais de 80% na população sujeita a fome crítica. O esperado aumento da desnutrição também tem impacto profundo. A desnutrição pode enfraquecer o sistema imunológico, limitar a mobilidade e até prejudicar o funcionamento do cérebro. Crianças que enfrentam desnutrição nos primeiros anos de vida podem sofrer sequelas até a idade adulta.

Fonte: Valor Econômico

 

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Joice Mara Araujo

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