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Pandemia aumenta consumo abusivo de álcool e drogas

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) realizou uma pesquisa em 2021, onde revela a intensificação do abuso de álcool durante o isolamento social. Assim, a Central Nacional Unimed, destaca a relevância do Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo (20 de fevereiro), que alerta para a importância da prevenção e do tratamento.

A pesquisa ConVid, realizada pela Fiocruz em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), entre abril e maio de 2020, analisou dados comportamentais de mais de 44 mil brasileiros. Desses, 18% dos participantes relataram uso excessivo de álcool na pandemia, associado à tristeza, ansiedade ou depressão. O médico de família da Central Nacional Unimed, Ricardo Nishimori, afirma que percebe no consultório o aumento do uso abusivo de bebidas alcoólicas.

Cerca de 275 milhões de pessoas usaram drogas no mundo no último ano, enquanto mais de 36 milhões sofreram de transtornos associados ao uso de drogas, de acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas 2021. Além disso, em pesquisas com profissionais de saúde em 77 países, 42% afirmaram que o uso da cannabis aumentou durante a pandemia. Um aumento no uso não medicinal de drogas farmacêuticas também foi observado no mesmo período.

 

Prevenção

Por todos esses fatores, o médico destaca a importância da prevenção, que deve partir da disseminação de informações sobre os prejuízos do consumo abusivo de álcool e do uso de drogas. “A predisposição genética existe em relação ao alcoolismo, por exemplo.Mas os fatores ambientais também são muito importantes. A família tem um papel fundamental, principalmente na orientação das crianças e adolescentes”.

Ele explica que o diálogo e os hábitos saudáveis de vida, que incluem atividade física e alimentação balanceada, são essenciais. Médico de família especializado em nutrologia, Nishimori considera fundamental o trabalho da equipe multidisciplinar no tratamento dos casos abusivos. “Muitas vezes os excessos são desencadeados por problemas como ansiedade e depressão, aí o psicólogo tem papel fundamental, assim como o nutricionista”, diz.

Da Redação

 

 

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