Considerados animais em extinção, os pandas (Ailuropoda melanoleuca) é um mamífero da família dos ursídeos, endêmico da República Popular da China. A configuração genética dos pandas é de animais carnívoros, mas os animais se adaptaram a uma dieta que consiste quase exclusivamente no consumo de bambu.
Atualmente, restam apenas 1.600 pandas selvagens nas montanhas isoladas da China que criou uma reserva ambiental, chamada Sichuan, para preservar e estimular a reprodução desses simpáticos animais.
Extremamente dócil e tímido, o panda dificilmente ataca o homem, só o fazendo quando extremamente irritado.
Porém, além da simpatia e docilidade do animal, cujo focinho curto lembra um urso de pelúcia, os cientistas acreditam que o animal, especialmente o panda gigante, que chega a ter até 1,80 m de altura e a pesar 160 quilos, pode ser útil também para a descoberta de novos combustíveis.
Não que os cientistas pretendam usar pandas como combustíveis. Isso não vale nem como piada. O que eles querem é entender como animais grandes e pesados conseguem digerir bambus rígidos e sobreviver apenas deles. Enquanto alguns estudas o aparelho digestivo dos pandas gigantes, os pesquisadores belgas vem focando seus estudos nos microrganismos que vivem nas entranhas do animal e, conforme o professor de tecnologia bioquímica e microbiótica na Ghent University, Korneel Rabaey, a busca é por “novas enzimas que possam ser usadas para degradar biomassa”.
A esperança é que o resultado do estudo possa apontar meios novos e mais baratos para produzir a chamada segunda geração de biocombustíveis de plantas e biomassas não destinadas ao consumo. O estudo pode ainda ajudar os pandas. “Também podemos voltar ao animal e entender por que ele está comendo somente alguns tipos e partes do bambu”, disse Rabaey.
*Redação Portal Saúde no Ar