Em 2020 o Reino Unido, foi o primeiro a aprovar uma vacina contra o coronavírus, agora também é o primeiro a autorizar uma versão da vacina adaptada à variante Ômicron. O imunizante visa tanto a versão original do SARS-CoV-2 quanto a linhagem altamente transmissível do vírus.
O regulador de medicamentos do Reino Unido (MHRA, em inglês) deu à chamada vacina bivalente fabricada pela empresa farmacêutica norte-americana Moderna aprovação condicional como reforço para adultos nesta segunda-feira (15).
Em junho, a Moderna disse que os dados do teste mostraram que, quando administrada como uma quarta dose, a vacina adaptada à variante aumentou em oito vezes os anticorpos neutralizantes do vírus contra a Ômicron.
De acordo com o governo do Reino Unido um programa de reforço da vacina começaria no “início do outono” (no hemisfério Norte) e que as vacinas oferecidas a pessoas com mais de 50 anos, indivíduos em grupos de risco clínico, trabalhadores da linha de frente e funcionários de casas de repouso.
“A primeira geração de vacinas da Covid-19 usadas no Reino Unido continua a fornecer proteção importante contra a doença e salvar vidas”, disse a presidente-executiva do MHRA, June Raine, em comunicado.
Contudo, especialistas da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, em inglês) afirmam esperar que as vacinas adaptadas à variante Ômicron recebam aprovação na União Europeia até setembro e sinalizaram que o regulador está aberto ao uso de injeções direcionadas à variante BA.1 mais antiga neste outono, já que aquelas direcionadas especificamente às subvariantes mais recentes estão mais atrasados no desenvolvimento clínico.
Ainda assim, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos afirmou que buscará a inclusão específica das novas ramificações BA.4 e BA.5 da Ômicron em quaisquer novas vacinas usadas no mercado interno.