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Os riscos do vício: impactos sociais e psiquiátricos do uso de álcool e drogas

Por: Fernanda Fernandes da Cruz
No Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, especialista alerta sobre os perigos do consumo precoce e excessivo de substâncias
O consumo de álcool e drogas psicoativas representa um grave problema de saúde pública, com consequências devastadoras para indivíduos e para a sociedade como um todo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 2 milhões de pessoas morrem anualmente devido ao consumo de álcool, enquanto 600 mil óbitos são atribuídos ao uso de drogas. No Brasil, os desafios relacionados à dependência química são evidentes, tornando essencial a conscientização promovida pelo Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, celebrado em 20 de fevereiro.

A psiquiatra Dra. Aline Sabino, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, explica que o abuso de substâncias pode desencadear uma série de transtornos psiquiátricos, como depressão, ansiedade e psicoses. “O uso crônico de álcool e drogas altera o funcionamento do cérebro, causando dependência química e impactando diretamente a saúde mental. Além disso, há uma forte relação entre o consumo dessas substâncias e o aumento de comportamentos agressivos e suicidas”, alerta.

O impacto não se restringe ao indivíduo. O uso abusivo de álcool e drogas afeta famílias inteiras e a sociedade em geral. Segundo a especialista, um dos maiores riscos está na normalização do consumo dentro dos lares. “É fundamental o cuidado dentro de casa, principalmente com crianças e adolescentes, pois muitos comportamentos adquiridos nessa fase tendem a se perpetuar na vida adulta. Afinal, que exemplo estamos dando aos nossos filhos e netos?”, questiona Dra. Aline.

Dados mostram que jovens que começam a consumir álcool antes dos 21 anos possuem uma probabilidade quatro vezes maior de desenvolver dependência alcoólica na vida adulta. Além disso, o uso precoce dessas substâncias aumenta o risco de lesões corporais, acidentes de trânsito e exposição a situações de vulnerabilidade.

O Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à prevenção e ao tratamento da dependência química. Medidas como programas educacionais, restrição da publicidade de bebidas alcoólicas e ampliação do acesso ao tratamento são fundamentais para reduzir os impactos do abuso de substâncias na sociedade.

Dra. Aline ressalta a importância de buscar ajuda especializada para lidar com a dependência. “A recuperação é um processo que exige acompanhamento multidisciplinar. O apoio da família e o tratamento adequado são essenciais para que o paciente consiga retomar sua qualidade de vida”, afirma.

A data é um lembrete de que o combate ao alcoolismo e às drogas é uma responsabilidade coletiva. A informação e a prevenção são as principais ferramentas para evitar que mais pessoas entrem no ciclo da dependência e para garantir um futuro mais saudável para as próximas gerações.

 

Sobre a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo conta com 3 Unidades de hospital geral (Pompeia, Santana e Ipiranga) que prestam atendimentos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade em neurologia, cardiologia e cirurgia robótica. As Unidades possuem Centro de Oncologia e de Hematologia habilitada para realizar o Transplantes de Medula Óssea.

É a primeira Rede de Hospitais fora do Canadá a obter a Certificação em nível Diamante da Qmentum Internacional. Além do Selo Amigo do Idoso, a Rede tem os serviços laboratoriais certificados pela PALC e ainda a Certificação Internacional da ABHH nos serviços de Hematologia e Transplante de Medula Óssea.

As Unidades Pompéia, Santana e Ipiranga prestam atendimentos privados que subsidiam as atividades de várias unidades administradas pela São Camilo no país e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). No Brasil desde 1922, a São Camilo, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, foi fundada por Camilo de Lellis e conta, ainda, com centros de educação, colégios e centros universitários.

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