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Origem celular de câncer de mama é identificado por cientistas belgas

A origem celular dos tumores levados pela mutação do gene PIK3CA – que costuma causar câncer de mama – foi identificado por pesquisadores da Universidade Livre de Bruxelas – ULB, na Bélgica.

De acordo com o professor que comanda a pesquisa, Cédric Blanpain, identificar a origem celular do câncer de mama é compreender como evolui a doença para poder desenvolver tratamentos personalizados ao tumor de cada paciente. A novidade foi informada nesta quinta-feira (13) pela Universidade Livre de Bruxelas – ULB

Além de conseguir apontar a origem celular dos tumores de mama provocados por mutações do gene PIK3CA, o estudo comprovou também, que a célula cancerígena de origem controla a heterogeneidade do tumor e produz diferentes tipos de tumores, ou seja, a depender da célula de origem, as mutações em PIK3CA e p53 – dois genes mutados mais frequentemente no câncer de mama em humanos e se associam com diferentes subtipos moleculares – produzem diferentes tipos de tumores.

Uma da pesquisadora, Alexandra Van Keymeulen, enfatizou que a equipe de pesquisa ficou muito surpreso ao descobrir que a mutação do gene PIK3CA nas células basais conduz ao desenvolvimento de tumores luminais, e explicou que enquanto esta mesma mutação nas células luminais leva a tumores mais agressivos, incluindo os de tipo basal.

Os cientistas belgas descobriram a origem celular dos tumores levados pela mutação do gene PIK3CA, em meio a análise dos passos que precedem a formação do tumor, através da caracterização molecular, que as células se submetem a profundas reprogramações.

“Estas novas descobertas não só demonstram a importância da célula originária da doença no controle da heterogeneidade do câncer de mama, mas também mostram que o padrão de expressão genética descoberta nos primeiros estágios do tumor indica o tipo que o paciente poderá desenvolver”, ressaltou Blanpain.

Agora, após descoberta da origem celular dos tumores levados pela mutação do gene PIK3CA, os pesquisadores almejam poder confirmar que é possível bloquear a mutação do PIK3CA – utilizando remédios já identificados. Desenvolver ferramentas que permitam detectar facilmente, estas mutações, possivelmente através de uma análise de sangue, também são esperadas pelos cientistas.

Fonte: Agência EFE

L.O.

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Jorge Roriz

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