OMS: Doenças não transmissíveis precisa de cuidado além da covid-19

Novo portal com estatísticas inéditas da Organização Mundial da Saúde (OMS), revela que doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, problemas respiratórios crônicos e de saúde mental se tornaram a principal causa de morte no mundo.

Dessa forma, a analise alerta que estas e outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) ultrapassaram as doenças infecciosas e causam quase três quartos das mortes globais, com 41 milhões de vítimas a cada ano.

De acordo com a OMS combater os principais fatores de risco que levam a essas doenças pode prevenir ou adiar problemas de saúde significativos e um grande número de mortes por essas doenças.

Assim, o novo portal reúne os dados mais recentes específicos de cada país, fatores de risco e implementação de políticas para 194 países. O documento permite explorar os dados para as quatro DCNTs (doenças cardiovasculares, câncer. Diabetes e doenças respiratórias crônicas) e seus principais impulsionadores e fatores de risco (como tabagismo, alimentação não saudável, uso nocivo de álcool e falta de atividade física).

Os dados revelam que no Brasil, as DCNTs são responsáveis por cerca de 75% das mortes. As estatísticas apontam que a distribuição das causas de óbito se dividem no país entre: doenças cardiovasculares (28%), câncer (18%), condições transmissíveis, maternas, perinatais e nutricionais (14%), doenças respiratórias crônicas (7%), diabetes (5%) e outras DCNTs (17%).

O documento também apresenta a distribuição de fatores de risco ao desenvolvimento de doenças crônicas em cada país, como consumo de álcool, tabagismo, obesidade e sedentarismo. Os dados revelam que o Brasil tem uma incidência de 13% de uso de tabaco entre a população com mais de 15 anos.

No Brasil, a estimativa da prevalência do tabagismo em adolescentes e adultos com 15 anos ou mais também é de 13%. Já o consumo total de álcool por pessoa é de 7,3 litros ao ano. Por outro lado, o consumo médio de sal entre a população acima de 25 anos é de 9 gramas ao dia. A quantidade excede o limite recomendado pela OMS, de 5 gramas diárias.

Já a atividade física, as estatísticas indicam que 47% dos adultos com mais de 18 anos permanecem sedentários ou realizam algum tipo de exercício, mas em uma quantidade abaixo da recomendada. Contudo, a hipertensão afeta 45% dos adultos entre 30 e 79 anos no país. A pressão alta é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. De acordo com o relatório da OMS, 22% dos brasileiros com mais de 18 anos estão obesos, enquanto entre os adolescentes de 10 a 19 anos o índice de obesidade é de 9%.

 

 

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