A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na última quinta-feira (13), os resultados da avaliação de perigo e risco do aspartame. De acordo com as avaliações realizadas pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) e pelo Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da Organização para Agricultura e Alimentação (FAO) classificaram o adoçante como possivelmente carcinogênico para humanos (IARC Grupo 2B), mas consideraram aceitável o limite atual de ingestão diária (40 mg/kg de peso corporal).
Os órgãos conduziram revisões independentes, mas complementares, para avaliar o potencial risco carcinogênico e outros riscos à saúde associados ao consumo da substância. Após avaliação, as entidades observaram limitações nas evidências disponíveis para o câncer (e outros efeitos na saúde).
Dessa forma, a IARC classificou o aspartame como possivelmente cancerígeno para humanos (Grupo 2B) com base em evidências limitadas de câncer em humanos (especificamente, para carcinoma hepatocelular, que é um tipo de câncer de fígado). Além disso, havia evidências limitadas de câncer em animais experimentais.
O JECFA concluiu que os dados avaliados não indicavam razão suficiente para alterar a ingestão diária aceitável (IDA) previamente estabelecida de 0–40 mg/kg de peso corporal para o aspartame. Assim, o comitê, portanto, reafirmou que é seguro para uma pessoa consumir dentro desse limite por dia. Por exemplo: uma lata de refrigerante diet contém entre 200 ou 300 mg de aspartame. Um adulto pesando 70 kg precisaria consumir mais de 9 a 14 latas por dia para exceder a ingestão diária aceitável (assumindo que não há ingestão por outros alimentos).
O aspartame é um adoçante artificial (químico) amplamente utilizado em vários alimentos e bebidas desde a década de 1980, incluindo bebidas dietéticas, goma de mascar, cremes vegetais, alimentos para controle de peso, etc.
Aspartame no Brasil
No Brasil, o uso de edulcorantes deve ser autorizado pela Anvisa, que realiza as avaliações de segurança, inclusive com a definição de limites máximos. Até o momento, não há alteração do perfil de segurança para o consumo do aspartame, de modo que a Anvisa seguirá acompanhando atentamente os avanços da ciência a respeito do tema.