O surto de ebola na República Democrática do Congo foi declarado uma emergência de saúde pública de caráter internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no último dia 17.
Esta epidemia de ebola na República Democrática do Congo já deixou 1.790 mortos desde agosto de 2018 e é a mais grave da história da doença desde a que afetou a África entre o final de 2013 e 2016.
Em uma entrevista coletiva com jornalistas por telefone, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que, embora ainda não haja registros de transmissão de ebola em países vizinhos, dois casos de pessoas que estiveram na fronteira da RDC com a Ruanda e Uganda e depois foram diagnosticadas com o vírus levaram a organização a tomar a decisão.
Robert Steffen, presidente do Comitê de Emergência de Regulações Internacionais de Saúde da organização, explicou ainda que essa “ainda é uma emergência regional e de forma alguma uma ameaça global”.
Apesar da declaração de emergência internacional, as duas autoridades recomendaram aos países que, além de aumentar suas doações, não fechem fronteiras nem restrinjam as viagens e negócios com a RDC ou os países vizinhos.
“Isso provocaria um impacto terrível na economia da região”, explicou Steffen, ressaltando que as “consequências negativas” do isolamento da RDC e de outros países da região incluem, por exemplo, menos dinheiro para prevenir a disseminação do vírus.
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