A Organização Mundial da Saúde (OMS) criou nesta terça-feira (18.08), em Macau, na China, o Centro de Cooperação de Medicina Tradicional chinesa, instituição que servirá para a região se afirmar na formação de especialistas e na cooperação internacional. O centro da OMS visa ainda a formação em medicina tradicional de profissionais locais ou estrangeiros.
O lançamento da instituição aconteceu na abertura do Fórum Internacional de Medicina Tradicional, que reúne em Macau cerca de 300 especialistas e representantes políticos de 27 países ou regiões e que vai até sexta-feira (21.08). O tema principal do encontro é “Como implementar as estratégias de medicina tradicional da Organização Mundial da Saúde”.
Confiança ocidental
Na opinião do secretário dos Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, isto demonstra a confiança da OMS na competência e capacidade de Macau para a promoção das medicinas alternativas, como a tradicional chinesa, que tem muitos anos de aplicação na cidade.
Segundo Tam, a medicina tradicional chinesa, à qual recorreram 28% da população local no ano passado, é muito útil na prevenção de doenças e, através dela, as pessoas poderão viver melhor. O secretário disse ainda que, no centro, as pessoas vão aprender a gerir serviços de saúde na área da medicina tradicional e obter formação continua nessa área.
A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, afirmou que a medicina tradicional tem conquistado cada vez mais adeptos. Entre os Estados-Membros da instituição que dirige, entre 1999 e 2012, passaram de 25 a 69 aqueles que definiram políticas sobre a medicina tradicional e aumentaram de 65 para 119 os que regularam a utilização de ervas no tratamento de pacientes. Para completar, subiram de 19 para 73 aqueles que passaram a dispor de um centro de investigação de medicinas alternativas.
Cham lembrou que muitas pessoas sem recursos e doentes não se deslocam a clínicas ou centros de urgência, “porque nenhum deles está disponível ou acessível”, recorrendo à medicina tradicional, “não como primeira escolha, mas como a única opção disponível”.
Parque científico
Além do centro da OMS, a cidade dispõe de um laboratório criado pelas universidades de Macau e de Ciência e Tecnologia e do parque científico e industrial de medicina tradicional chinesa, criado no âmbito da cooperação com a província continental chinesa de Guangdong.
Segundo o diretor da Administração Estatal de Medicina Tradicional Chinesa, Wang Guoqing, esse tipo de assistência à saúde é disponibilizado atualmente na China em 3.590 hospitais, com 600 mil leitos.
Fonte: Agência Brasil
A.V.