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OMS anuncia teste de nova vacina contra o Ebola

A eficácia de uma vacina contra o ebola começará a ser testada no próximo sábado (07.03) pela Guiné, em uma das regiões do país mais afetadas pela doença, que causou mais de 9 mil mortes no mundo, anunciou nesta quinta-feira( 05.03) a Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacinação que será voluntária se constitui na terceira fase dos testes clínicos que estão sendo realizados agora com a vacina VSV-ZEBOV, cuja patente foi adquirida pela farmacêutica Merck, foi desenvolvida no Canadá e cujos primeiros testes foram promissores para prevenir a infecção do vírus do ebola. “Se a vacina for efetiva, será a primeira ferramenta preventiva da história contra o ebola”, disse a diretora geral da OMS, Margaret Chan, em comunicado.

Outra vacina experimental, a Chade-EBO, da britânica GSK, também mostrou resultados promissores. “A epidemia do ebola mostra sinais de retrocesso, mas não podemos baixar a guarda até que não haja nenhum caso”, disse a diretora geral adjunta da OMS Marie-Paule Kieny, encarregada da pesquisa e luta contra o ebola da organização.

O objetivo desta vacinação voluntária com VSV-ZEBOV é por uma parte comprovar se é efetiva em pessoas que estiveram em contato com pessoas infectadas com o vírus e por outra ver se se transformam em um anel de proteção para impedir novos contágios. Além disso, será proposto vacinar o pessoal que atende os doentes na zona.

“Há mais de um ano estamos correndo contra o relógio para que a epidemia não se estenda”, esclareceu Bertrand Draguez, diretor médico da Médicos Sem Fronteiras, ONG que participa do projeto em coordenação com as autoridades sanitárias guineanas e da Noruega.

Desde setembro de 2014, foram testadas duas vacinas contra o ebola em cerca de 15 países da África, Europa e América do Norte.

Segundo os dados mais recentes da OMS, 23.253 pessoas foram infectadas pelo vírus do ebola e 9.380 morreram durante esta epidemia, que começou em dezembro de 2013 em África Ocidental.

Após semanas de diminuição de novos casos, nas últimas duas houve um aumento, particularmente em Serra Leoa e na Guiné. Na semana de 9 a 15 de fevereiro, em Serra Leoa foram registrados 74 novos casos, dos quais 45 ocorreram na capital, Freetown; e 52 na Guiné.

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