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OMS alerta: a tuberculose mata mais de 4.000 pessoas por dia no mundo

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a doença mata, diariamente, quase 4.500 pessoas em todo o planeta e permanece com o status de doença infecciosa mais mortal do mundo.

“Neste Dia Mundial de Combate à Tuberculose, a OMS pede a governos, comunidades afetadas, organizações da sociedade civil, prestadores de serviços de saúde e parceiros nacionais e internacionais que unam forças”, informou a Organização Mundial da Saúde, destacando a importância de se garantir que “ninguém seja deixado para trás”.

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch.

A principal maneira de prevenir a tuberculose em crianças é com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), ofertada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até 04 anos, 11 meses e 29 dias.

Para contrair a doença basta alguém contaminado espirrar próximo as outras pessoas, principalmente em ambientes fechados. É neste momento que o bacilo causador da doença fica no ar e é aspirado por outras pessoas, ocorrendo a transmissão. Segundo o MS, beijar, abraçar uma pessoa contaminada, não transmite . Somente  os não vacinados podem contrair a doença

O tratamento da doença tem a duração de seis meses e um período de um ano para quem adquiriu a doença e interrompeu o tratamento antes dos seis meses.
O paciente muitas vezes adia fazer o teste para comprovar a doença, pensando que a causa da tosse é alergia ou outros motivos. Esse retardamento na identificação do diagnóstico, prejudica a cura porque a doença vai avançando de forma silenciosa e quando e descoberta já está estado grave.

Com frequência as pessoas iniciam o tratamento, pensam que já estão curadas e abandonam o tratamento.

Os paciente continuam com a doença sem saber ( por não apresentar os sintomas) e também  transmitem  para outras pessoas. A doença passa  a ficar resistente ao  tratamento tradicional inicial e o paciente infectada vai precisar de mais tempo  para ficar curada (um ano) e uma dose mais forte da medicação.

O programa Saúde no ar exibido na Rádio Excelsior da Bahia e Rádio Saúde no Ar, na última sexta- feira ( 22/03) debateu o tema.

O Médico Patologista e Coordenador Cientifico do Instituto Brasileiro para Investigação de Tuberculose, Dr. João Carlos Coelho, a Secretaria do Comitê Baiano para o Controle da Tuberculose e Coordenadora do Serviço Social do Hospital Especializado Octávio Mangabeira, Srª. Virgínia Perrucho, o Médico Clinico, Dr. Afonso Batista, e o Colunista do Saúde e Cidadania, Ezequiel Oliveira, participaram do programa.

Assista o vídeo da entrevista:

Os principais sintomas da doença:

O principal sintoma da tuberculose é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso, recomenda-se que todo sintomático respiratório que é a pessoa com tosse por três semanas ou mais, seja investigada para tuberculose. Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como:

  • febre vespertina
  • sudorese noturna
  • emagrecimento
  • cansaço/fadiga

Diagnóstico:

O diagnóstico é feito em qualquer posto público de saúde ( SUS) e de forma gratuita.

  • baciloscopia
  • teste rápido molecular para tuberculose
  • cultura para micobactéria
  • Radiografia de tórax ( por imagem de forma complementar)

O Tratamento:

O tratamento da tuberculose dura no mínimo, seis meses, é gratuito e disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS), deve ser realizado, preferencialmente em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO).

O TDO é indicado como principal ação de apoio e monitoramento do tratamento das pessoas com tuberculose e pressupõe uma atuação comprometida e humanizada dos profissionais de saúde.

Além da construção do vínculo entre profissional de saúde e a pessoa com tuberculose, o TDO inclui a observação da ingestão dos medicamentos pelo paciente, sob a observação de um profissional de saúde ou outros profissionais capacitados, por exemplo, profissionais da assistência social, entre outros, desde que supervisionados por profissionais de saúde.

A tuberculose é um dos agravos fortemente influenciados pela determinação social, apresentando uma relação direta com a pobreza e a exclusão social.

Grupos de riscos:

Plano Nacional pelo fim da Tuberculose.

Foi criado em junho de 2017 e  possui o objetivo de  acabar com a tuberculose até o ano de 2035. Acabar não significa extinguir a doença e sim tornar a incidência em números aceitáveis.

Com metas de redução do coeficiente de incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e de mortalidade para menos de 1 óbito por 100 mil habitantes.

Em 2017, o Brasil registrou 34,8 casos de tuberculose por 100 mil habitantes. Foram anotados ainda 4.534 óbitos pela doença, resultando em um coeficiente de mortalidade de 2,2 mortes por 100 mil habitantes.

Em 2018, 72.000 brasileiros contraíram a doença  e 4.500 morreram

Fonte: Ministério da Saúde.

Redação e pesquisa: Jorge Roriz

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