O coronavírus representa uma ameaça sem precedentes, mas também é uma ocasião sem precedentes para nos unirmos contra um inimigo comum, um inimigo da humanidade”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS em entrevista à imprensa.
A instituição afirmou que os casos de pessoas infectadas pela pandemia já ultrapassam os 200 mil, com 8 mil mortes. Quatro em cada cinco casos estão concentrados na Europa e na região do Pacífico Ocidental.
“A OMS continua pedindo a todos os países que implementem uma abordagem abrangente, com o objetivo de diminuir a transmissão do coronavírus e reduzir a curva (de avanço da epidemia). Essa abordagem está salvando vidas e ganhando tempo para o desenvolvimento de vacinas e tratamentos”, afirmou Ghebreyesus. Segundo ele, essa estratégia foi efetiva na Coreia do Sul, que já teve 800 casos e, após medidas de restrição de circulação de pessoas, tem apenas 90.
O diretor da OMS reforçou a mensagem de que os países e os indivíduos precisam tratar a questão com a seriedade. “Para suprimir e controlar a epidemia, os países devem isolar (os infectados), testar, tratar e rastrear (a origem da contaminação). Não presuma que sua comunidade não será afetada. Prepare-se como se fosse (acontecer). Não presuma que você não será infectado. Prepare-se como se fosse”, aconselhou.
ALERTA – A DOENÇA NÃO AFETA APENAS IDOSOS
Nesta quarta- feira, 18/03, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a doença atinge apenas idosos. Medidas de prevenção e tratamento devem ser empregadas por governos e pessoas também no caso de adultos saudáveis e até mesmo de crianças.
A OMS destaca que a maior taxa de mortalidade vem ocorrendo entre a faixa acima dos 60 anos, mas esse fato não pode justificar uma tranquilidade e um descuido no restante da população.
As providências,devem ser tomadas para pessoas de todas as idades.
“Nos dados, o número de casos com crianças é mais baixo do que em adultos. Elas podem desenvolver doenças, mas a maioria está infectada com doenças mais leves. Mas sabemos que crianças são suscetíveis. Na China, várias evoluíram para estados mais graves. E há o registro de uma morte na China”, declarou a chefe da área de doenças da OMS, Maria Van Kerkhove.
“Não é uma doença somente dos idosos. Pessoas mais jovens experimentam doença menos severa, mas temos que observar todos, até os casos mais leves. Todo caso suspeito deve ser testado. Se mostrar sintomas deve ser testado”, acrescentou o diretor executivo da OMS, Michael Ryan. Na Coreia do Sul, exemplificou, apenas 20% das mortes tiveram como vítimas pessoas idosas.
Casos
A última atualização da OMS, de hoje, contabilizou 193.475 casos confirmados, com 7.864 mortes. Desde o início da pandemia, 164 países registraram casos. A China mantém-se com o maior número de casos (81.151), seguida de Itália (31.506), Irã (16.169), Espanha (11.178) e Coreia do Sul (8.413).