A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) publicou hoje (8) um manifesto à nação em defesa da democracia. A entidade declarou que, após 92 anos de história, seguirá com a missão constitucional de representar a advocacia e ser guardiã do Estado Democrático de Direito.
Veja íntegra da carta:
Manifesto à nação em defesa da democracia
A história de 92 anos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se confunde com a defesa da democracia em nosso país. Maior instituição civil brasileira, com quase 1,3 milhão de inscritos, a Ordem seguirá cumprindo com as missões que lhe são atribuídas pela Constituição Federal: representar a advocacia e ser guardiã do Estado Democrático de Direito.
Defendemos os direitos e garantias individuais, o modelo federativo, a divisão entre os Poderes da República e o voto secreto, periódico e universal. Nossa atuação para que esses ideias se concretizem é comprovada por diversas ações concretas, como o acompanhamento sistemático de todos os processos eleitorais, inclusive o deste ano, desde o início da organização do pleito até a posse de todas e de todos os eleitos.
O papel da OAB nas eleições é, como representante da sociedade civil, acompanhar o processo junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e demais órgãos eleitorais. Pugnamos por eleições livres e limpas, com a prevalência da vontade expressa pelo eleitorado por meio do voto –o que vale para todos os cargos em disputa.
A OAB não é apoiadora ou opositora de governos, partidos e candidatos. Nossa autonomia crítica assegura credibilidade e força para nossas ações de amparo ao Estado Democrático de Direito.
Defendemos e protegemos a democracia.
Temos orgulho do modelo e do sistema eleitoral de nosso país, conduzido de forma exemplar pela Justiça Eleitoral. O Brasil conta com a OAB para zelar pelo respeito à Constituição, afastando riscos de rupturas democráticas e com a preservação das instituições e dos Poderes da República.
Esse é o compromisso da OAB, de sua diretoria nacional e de seus conselheiros federais
Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (PL), voltou a criticar nesta segunda-feira a divulgação de cartas para defender a democracia, afirmando que “cartinha” todo mundo faz.
Em discurso durante encontro com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Bolsonaro afirmou que quem deseja democracia precisa senti-la, e não assinar “cartinha”.
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