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O transplante de mãos que deu ‘nova vida’ a homem com doença rara

Acredita-se que Steven Gallagher seja a primeira pessoa no mundo com sua condição a passar por essa cirurgia. A operação durou 12 horas, envolveu uma equipe de 30 profissionais de várias especialidades.

O homem de 48 anos desenvolveu uma erupção incomum nas bochechas e no nariz há 13 anos, além de dores no braço direito. Contudo, os médicos inicialmente pensaram que era lúpus e, depois, síndrome do túnel do carpo. Steve, que é pai de três filhos, chegou a ser operado com base neste diagnóstico.

Quando a dor voltou em ambos os braços, um especialista finalmente o diagnosticou com esclerodermia; uma doença autoimune que causa cicatrizes na pele e nos órgãos internos.

A condição afetou áreas como nariz, boca e mãos. Cerca de sete anos atrás, seus dedos começaram a se curvar. Ele estava sofrendo uma dor “horrível”.

“Minhas mãos começaram a se fechar, chegou ao ponto em que eram basicamente dois punhos, minhas mãos ficaram inutilizáveis”, lembrou ele. “Eu não podia fazer nada além de levantar coisas com as duas mãos. Eu não conseguia pegar nada, era uma luta para me vestir e coisas assim”, diz Steven, que foi forçado a deixar seu trabalho na construção civil.

Ele foi encaminhado ao professor Andrew Hart, cirurgião plástico e de mãos em Glasgow, na Escócia, que levantou a possibilidade de um transplante duplo de mãos. “Na época eu ri e pensei ‘isso é tipo de coisa da era espacial'”, disse ele.

Após mais conversas com Hart, Steven também conversou com Simon Kay, cirurgião plástico consultor do Leeds Teaching Hospitals NHS Trust, que liderou a primeira operação de transplante duplo de mãos do Reino Unido em 2016.

“Eles foram realmente francos e muito abertos sobre o que poderia acontecer, que eu poderia perder minhas mãos completamente”, lembrou Steven. “Eles disseram que era improvável, mas era um risco. Minha esposa e eu conversamos sobre isso e concordamos (sobre a operação). Eu poderia acabar perdendo minhas mãos de qualquer maneira, então decidimos avisá-los que toparíamos (a cirurgia).”

Steven teve que passar por avaliação psicológica para garantir que estava preparado para o transplante.

“Eu ganhei uma nova vida”, acrescentou. “Ainda estou achando as coisas difíceis agora, mas as coisas estão melhorando a cada semana com o fisioterapeuta e os terapeutas ocupacionais. A dor era o grande problema. Antes da operação era horrível, eu estava tomando tanto analgésico que era inacreditável, mas agora não sinto mais nenhuma dor.”

Fonte: BBC Internacional

 

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Joice Mara Araujo

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