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Saúde e doenças mentais

Quando se houve falar em Saúde Mental, a maioria das pessoas pensam em “Doença Mental“. Mas a saúde mental está acima apenas do que uma classificação como doença.

Pessoas mentalmente saudáveis compreendem que ninguém é perfeito, que todos possuem limites e que não se pode ser tudo para todos. Elas vivenciam diariamente uma série de emoções como alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração. São capazes de enfrentar os desafios e as mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e sabem procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida.

A Saúde Mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, idéias e emoções.

Pessoas com boa saúde mental estão boas consigo mesmas e com os outros, aceitam as exigências da vida, sabem lidar com a boas e más emoções, reconhecem seus limites e sabem a hora de procurar a ajuda de outra pessoa ou profissional.

Todas as pessoas podem apresentar sinais de sofrimento psíquico em alguma fase da vida.

Para manter a saúde mental em dia, é bom manter sempre sentimentos positivos consigo, com os outros e com a vida, aceitar-se e às outras pessoas com qualidades e limitações, evitar o consumo de álcool, cigarro e medicamentos sem prescrição médica, não usar drogas, praticar sexo seguro, reservar tempo para lazer e convivência com amigos, manter bons hábitos alimentares, dormir bem e praticar atividades físicas regularmente.

Quando tratar

Os transtornos mentais e do comportamento são problemas clinicamente significativos que se caracterizam por uma alteração de modos de agir, de lhe dar com o outro ou uma alteração de funções mentais.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), entendem-se como transtornos mentais e comportamentais as condições caracterizadas por alterações doentias de pensar ou do humor e do comportamento associadas à angústia expressiva ou deterioração do funcionamento psíquico global.V

Um comportamento anormal ou um curto período de anormalidade não significa que uma pessoa tenha um transtorno mental ou de comportamento. Para que seja considerado um transtorno, esses comportamentos devem persistentes (geralmente mais de 6 meses) e causem certa perturbação funcional no individuo.

Uma pessoa pode modificar seus comportamentos também por razões emocionais ou sociais, como por exemplo, um estado deprimido e uma depressão, o estado deprimido surge por uma situação ou uma determinada circunstancia estressante, enquanto a depressão é uma doença e precisa ser tratada.

Os transtornos mentais são identificados e diagnosticados por métodos clínicos parecidos com os utilizados para transtornos físicos, se faz uma entrevista com o paciente e com outras pessoas incluindo a sua família, um exame clínico para verificar o estado mental e suas condições orgânicas, e os exames que necessários para comprovar a existência do transtorno.

Diagnóstico e Tratamento

Para se tornar mais fácil o diagnóstico, o tratamento, e o reconhecimento desses transtornos, foi criada a Classificação Internacional de Doenças (CID) pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a fim de promover a comparação internacional das doenças. Desde 1992 o CID encontra-se em sua décima revisão, que classifica os transtornos mentais da seguinte forma:

  • Transtornos mentais orgânicos inclusive os sintomáticos.
  • Transtornos mentais e comportamentais devido a uso de substancias psicoativas.
  • Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes.
  • Transtornos de humor (afetivos)
  • Transtornos neuróticos, transtornos relacionados aos stress e transtornos somatoformes.
  • Síndromes comportamentais associadas a disfunções fisiológicas e fatores físicos.
  • Distorções da personalidade e do comportamento adulto.
  • Retardo mental.
  • Transtornos do desenvolvimento psicológico.
  • Transtornos do comportamento e transtornos emocionais que aparecem habitualmente durante a infância ou a adolescência.
  • Transtorno mental não especificado.

Para se chegar a algum desses diagnóstico o paciente terá que ser avaliado por um psicólogo que o entrevistará e pesquisar qual a queixa principal do paciente, o motivo da consulta, a história da doença, ou seja, quando e como tais sintomas surgiram, a história pessoal do paciente e a história familiar, para saber se já houve caso semelhante na família.

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Patricia Tosta

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