Neste mundo globalizado, dominado pelo mercado capitalista, o consumo dita o desenvolvimento da sociedade. Estamos na sociedade de consumo, diariamente “bombardeados” pela mídia, por todos os meios, induzindo que, quanto mais se consome, maior é o grau de desenvolvimento. O marketing e a publicidade são os grandes responsáveis pelo impulso das compras e a intensificação do consumo, que, segundo esse segmento, traz felicidade, prestigio e status social, onde o importante é o que se tem e não o que se é.
Deixamos de atender às necessidades de consumo para a sobrevivência e partimos para o consumismo, caracterizado por compras em excesso, serviços e produtos desnecessários. O grande público está se transformando numa massa de consumistas compulsivos que não analisam os impactos negativos gerados e suas consequências na sociedade e no ambiente. Descartamos resíduos em todo o lugar, comprometendo o planeta com a poluição, contaminação e degradação, contribuindo, enfim, para a sua destruição. Estamos caminhando velozmente para um colapso ambiental.
Para atender a essa demanda, se retira, cada vez mais, elementos da natureza, insumos para a fabricação de produtos e transporte de materiais, fazendo-se irracional uso da água tratada e da energia não limpa, gerando emissões de gases poluentes e devastação ambiental. Com o corre-corre da vida atual e a pressão para adquirir supérfluos ou coisas que não precisam, muitas pessoas tendem a desenvolver distúrbios, caracterizados pela compulsão em comprar o desnecessário e acabam sofrendo desse mal. Os adolescentes, tornam-se vítimas fáceis para o uso das tecnologias do descartável e se tornam viciados no consumismo desenfreado.
Oque fazer?
O Consumo Sustentável (também chamado de Consumo Ético) passa a ser uma atitude necessária e de fundamental importância para o cidadão responsável, em defesa do meio ambiente e da sociedade. Busca-se relacionar os impactos socioambientais gerados pelas marcas, não utilizando, por exemplo, transgênicos e agrotóxicos, bem como animais em processos produtivos e outras práticas deletérias. Deve-se conjugar, cada vez mais, os verbos REDUZIR, REUTILIZAR e RECICLAR. Desse modo, poderemos amenizar os danos já provocados pelo consumo predador e evitar a ocorrência de outros.
Começam a surgir na sociedade, algumas estratégias e movimentos sociais de resistência ao consumo exagerado, sobretudo de produtos com ciclo de vida curto (obsolescência programada). Busca-se “menos produtos, mas com mais qualidade”. Portanto, é preciso conscientizar todos os setores da sociedade em prol das questões socioambientais. “O consumismo é um comportamento ultrapassado, do qual logo teremos vergonha.”
O assunto foi tema do quadro “Meio Ambiente e Saúde”, veiculado às Quartas-feiras pelo programa Saúde no ar, com transmissão pelas Rádios Excelsior AM 840 e Web Saúde no ar. Ouça o comentário do Diretor do Germem, José Augusto Saraiva.
Desde o ano de 2017 a Escola de Nutrição/UFBA,desenvolve o projeto de Extensão,“Nutrição, ambiente e saúde no ar: comunicação em saúde e cidadania”, sob a coordenação da Professora Ma.Neuza Maria Miranda dos Santos e colaboração da aluna bolsista do projeto Permanecer, Marianna Menezes Santos. Para participar do Projeto que tem como objetivo apresentar e discutir temas de saúde, em seu conceito ampliado, além de difundir informações científicas sobre nutrição, alimentação saudável e qualidade de vida, basta enviar perguntas ou sugestões de temas.