Com o assassinato do candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio na noite da quarta-feira (9), em Quito. O crime mostrou a fragilidade atual do país que, nos últimos anos, sofre com aumento nos índices de violência, além de um movimento crescente do narcotráfico e um mercado de trabalho muito informal. É o que explica Thiago Vidal, analista político.
“O Equador vem passando por uma situação delicada desde 2016, tendo as estatísticas de violência pública bastante agravadas”, explica Vidal.
A taxa de homicídios em 2022 chegou a 25 mortes a cada 100 mil habitantes. Há cerca de duas semanas, um prefeito foi assassinado no país, por exemplo. De acordo com o analista político, essas características fazem com que o país tenha diversos déficits socioeconômicos e salariais.
Dessa forma, a corrupção e o crime organizado, assim como em outros países da América do Sul, também são componentes que tornam o Equador um país cada vez mais fragilizado.
“Infelizmente não é apenas no Equador, é uma realidade que expande em muitos países. A educação integral em tempo integral pode ser uma solução aliada a esse flagelo social que acomete a todos em CEID Causas/Efeitos/Interações/Desfechos”. Disse o Diretor do Saúde no Ar, Ezequiel Oliveira.
Fernando Villavicencio tinha 59 anos e era jornalista investigativo. Foi responsável por revelar casos de corrupção no governo do Equador. Além disso, Villavicencio também trabalhou contra o narcotráfico no país, considerado por especialistas como um fenômeno recente.
O país assiste, principalmente nos últimos cinco anos, uma escalada de poder de grupos de narcotraficantes, resultado de mudanças na dinâmica do mercado de drogas combinadas com o desmonte de importantes estruturas de segurança e de combate ao tráfico.
O político afirmava que esse movimento narcotraficante no Equador não era um problema doméstico, mas, sim, um reflexo da atuação de cartéis mexicanos e colombianos no país.
Fonte: O Globo