No Índice de Percepção da Corrupção (ICP), cuja avaliação inclui 180 países, O Brasil perdeu dez posições no ranking. É a primeira vez que o país cai no ranking desde 2018.
O índice é organizado pela Transparência Internacional. Em uma escala de 0 a 100, o Brasil registrou 36 pontos, abaixo da média global, de 43 pontos, e da média entre os países da OCDE, 66 pontos.
Nas primeiras colocações aparecem a Dinamarca, com 90 pontos, a Finlândia, com 87 pontos, a Nova Zelândia, com 85 pontos, a Noruega, com 84 pontos, e Cingapura, com 83 pontos. Nas piores avaliações, estão: com 11 pontos, a Somália; com 13 pontos a Venezuela, Síria, Sudão do Sul e; com 16 pontos, o Iêmen.
Segundo a análise da Transparência Internacional Brasil, o resultado aponta retrocessos da “luta anticorrupção” nos últimos anos. “De modo geral, sob novo governo e Congresso eleitos, o país vem falhando na reconstrução dos mecanismos de controle jurídico e político, mas vem demonstrando avanços na recuperação do controle social da corrupção”, diz nota da TI.
Para a entidade, o Poder Judiciário está permeado por interesses políticos e econômicos. “Além da influência política do ‘Centrão’, relações impróprias entre juízes e empresários (inclusive corruptos confessos) em eventos no Brasil e no exterior marcaram o noticiário em 2023 e, apesar dos graves e evidentes conflitos de interesses, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) rechaçou proposta de resolução que estabeleceria regras moralizantes”, completa.