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Nyong-nyong pode ser transmitido por Aedes aegypti, afirma médico e nega Fiocruz

O mosquito Aedes aegypti, conhecido como vetor das doenças graves como a dengue, a febre chikungunya e a zika vírus, pode transmitir a virose nyong-nyong, afirmou o médico patologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz e da Universidade Federal da Bahia – UFBA – Mitermayere Galvão dos Reis, em entrevista ao Bom Dia do Mato Grosso do Sul, nesta segunda-feira (26).

Após publicação da reportagem na TV e também veiculada no G1, com base nas informações do pesquisador, a Fiocruz entrou em contato com veículo de comunicação para esclarecer o assunto abordado. Em nota a Fiocruz enfatizou: O site G1 está veiculando informação equivocada sobre o vírus nyong-nyong. Em primeiro lugar, a Fiocruz não descobriu o vírus. Ele é amplamente conhecido pela comunidade internacional há vários anos. Em segundo lugar, a doença nyong-nyong é restrita à África (não chegou ao Brasil) e é transmitida pelo mesmo mosquito (vetor) da malária, o Anopheles. Segundo os pesquisadores, ainda não há casos relacionando a doença ao Aedes aegypti – conforme informa a matéria. Também não há registros da doença no Brasil. O vírus nyong-nyong produz febre, dores nas articulações e pertence à mesma família do chikungunya.”

Após esclarecimento da Fiocruz, Mitermayere Galvão dos Reis declarou que se enganou ao dizer que o Aedes aegypti poderia transmitir nyong-nyong. Mitermayre enfatizou que o vírus tem clínica muito parecida com chikungunya, mas quanto a transmissão é diferente. Como justificativa ele ressaltou que esteve revendo e foi rever toda a literatura, entretanto percebeu  que a chance talvez seja pequena.

No entanto, o infectologista e pesquisador da Fiocruz, Rivaldo Venâncio, afirmou que a preocupação maior é em relação à zika e à chikungunya. Ele salientou que em todos os casos, o sintoma comum é a febre.

Venâncio explicou que no caso do vírus nyong-nyong, ele pertence à mesma família, ao mesmo vírus da família chikungunya, vírus que dão acometimento primariamente mais intenso nas articulações.

*Redação Saúde no Ar

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Jorge Roriz

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