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Nutrição comportamental em foco

Pioneiro da nutrição comportamental, o psicólogo e doutor em biologia Paul Rozin, da Universidade da Pensilvânia nos Estados Unidos, defende o conceito de ‘moderação’ nas questões alimentares no lugar do pensamento binário de que um alimento “faz bem ou faz mal”.

Para ele, é preciso promover mudança no ambiente para que haja mudanças nas atitudes das pessoas. A nutrição comportamental sugere mudanças simples: é mais fácil andar mais do que ir à academia, e comer devagar e menos do que deixar de comer.

Um exemplo de aplicação é o seguinte: não adianta falar que a pessoa tem que parar de comer quando “sentir que está satisfeita”, sendo que há outros aspectos envolvidos, como o fato de sempre ter comida gostosa na frente dela.

O mais eficaz seria orientar para colocar uma porção menor na mesa ou comprar embalagens menores no supermercado. É mais fácil mudar o ambiente que as pessoas. Investir em transporte público, por exemplo, leva as pessoas a andarem mais.

É preciso entender que uma mesma substância pode apresentar riscos e benefícios. A ciência não é necessariamente boa ou má, mas precisamos entender como ela funciona para enxergar suas possíveis falhas. O antibiótico pode ser bom para muitas aplicações, mas tem um risco em potencial, que é o de resistência.

As informações de que é preciso eliminar o glúten se destinam àquela parcela de 1% da população que têm reação imune à proteína. Um conceito importante que precisa ser introduzido na alimentação é o de moderação.

Nutrição comportamental será o tema da entrevista com a Nutricionista do Núcleo de Tratamento e Cirurgia da Obesidade, Cláudia Daltro, amanhã (31.05), das 8h às 9h, no programa Saúde no Ar na Rádio Excelsior Am 840 ou no Portal Saúde no Ar.

Redação Saúde no Ar*

Ana Paula Nobre

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