Novo vírus que causa diarreia e paralisia temporária é descoberto no Amazonas

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22 de junho de 2015 • no comments Novo vírus que causa diarreia e paralisia temporária é descoberto no Amazonas
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Um novo vírus que causa diarreia e paralisia temporária nas pernas de crianças de até 5 anos, foi descoberto pela primeira vez no Brasil por pesquisadores da Fiocruz da Amazônia e do Laboratório de Medicina da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos.

De acordo com o estudo publicado na revista “Virology”, o vírus do gênero Gemycircularvirus também pode causar encefalite e, em casos muito extremos, levar à morte. A transmissão do no vírus é feita de forma oral, ou seja, a partir do consumo de água contaminada.

A pesquisadora da Fiocruz Amazônia, Patrícia Orlandi, explica em comunicado da Fiocruz, que a paralisia nos membros inferiores, ou seja, nas pernas, não é simplesmente a fraqueza que dá após longos períodos diarreicos. É uma paralisia total, com impossibilidade de andar por até duas semanas.

Para a pesquisa, estudiosos coletaram 1,5 mil amostras de fezes de crianças de 0 a 10 anos com diarreia atendidas no Hospital e Pronto Socorro João Lúcio e na Policlínica da Codajás –  PAM Codajás, em Manaus – Amazonas –  entre 2007 e 2009. O estudo teve como objetivo analisar quais tipos de vírus e bactérias mais acometem as crianças na capital do Amazonas

Segundo Patrícia, o pesquisador Tung Gia Phan, da Califórnia observou o estudo e entrou em contato solicitando 600 amostras para analisar com relação a novos tipos de vírus. Ela ressalta que o vírus do gênero Gemycircularvirus foi encontrado o analisar cinco das 600 amostras.

Como o vírus foi descoberto recentemente, não há diagnósticos ainda realizados do vírus. No entanto, médicos já tinham observado os sintomas que ele causa, mas sem sua identificação. Ainda de acordo com Patrícia, o próximo passo diante dos resultados, é iniciar um estudo para desenvolver um kit de diagnóstico rápido do vírus, mas atualmente ele só pode ser feito após a análise molecular das fezes do paciente.

A pesquisadora destaca ainda, que com o desenvolvimento de um kit para diagnóstico, pode auxiliar na vigilância epidemiológica de um vírus, considerado agressivo até o momento – o novo vírus, era desconhecido. Ela também salientou que a equipe de pesquisa tenta descobrir, se o vírus está circulando na região Amazônica para diminuir a incidência de casos.

Fonte: O Globo

L.O.

 

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