A fibrose cística é uma doença genética, também chamada de mucoviscidose, que tem como principal característica o acumulo de secreções mais densas e pegajosas nos pulmões, sistema digestório e em outras partes do corpo. No Brasil, 1,5 mil pessoas sofrem com essa doença.
Um novo teste para diagnosticar a mucoviscidose está sendo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). O estudo está sendo liderado pela pneumologista e pediatra do IFF, Izabela Sad, que começou suas pesquisas sobre o novo teste da medida da diferença de potencial nasal (DPN) em 2004, na Bélgica. A análise está no processo de validação em território brasileiro. A pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Raísa Martins e consultoria da cientista polonesa Aleksandra Norek também colaboram com a pesquisa.
Izabela ressalta que, na época, não existia um acordo internacional para realização do teste, assim, cada país o fazia de forma diferente. Mas em 2009 foi instituído um procedimento padrão. Ela explica que o exame da medida de diferença de potencial nasal (DPN) está inserido na lista que possibilita os critérios diagnósticos da fibrose cística, ao lado do teste do suor, do pezinho, análise genética e histórico clínico e familiar.
Para as pessoas que tem o objetivo de corrigir o defeito da proteína modificada na doença, o exame terá utilidade no acompanhamento da resposta dos pacientes ao uso dos novos medicamentos. As avaliações e o acompanhamento para a validação da pesquisas terão início este mês, em que 50 voluntários passarão por teste no IFF.