Um protocolo de acompanhamento para um novo quadro viral que pode estar associado ao zika vírus está sendo preparado por uma equipe de médicos do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) e da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. Em uma semana, os dois hospitais registraram 20 casos de crianças com até 2 anos de idade apresentando febre, irritabilidade e manchas na pele que evoluem para bolhas e em seguida para feridas. Os médicos enfatizam que não há qualquer relação entre o problema e a microcefalia.
A doença ainda não tem diagnóstico definido, mas a hipótese mais provável é que tenha relação com o zika, chikungunya ou algum vírus não relacionado ao mosquito Aedes Aegypti. Enquanto aguarda o resultado de exames que confirmem o novo diagnóstico, o grupo elabora o protocolo de atendimento para o quadro viral. Segundo a infectologista Regina Coeli, do Huoc, a previsão é que o documento fique pronto na próxima segunda-feira.
“É um padrão diferente das manchas habituais, que começa como uma mancha, vira uma bolha e pode ou não causar uma lesão, uma infecção secundária, bacteriana. O mais importante neste momento é não alarmar a população. Está sendo elaborado esse protocolo que vai definir o modo de agir diante desse problema, mas vale ressaltar que, na maioria dos casos, é algo que pode ser tratado em casa”, explica Regina.
Redação Saúde no Ar
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