Um novo exame de sangue desenvolvido por cientistas britânicos pode identificar a idade biológica de uma pessoa, além de revelar os indícios de envelhecimento do corpo. A pesquisa foi publicada no periódico científico Genome Biology, nesta terça-feira (9).
Desenvolvido por pesquisadores do King’s College de Londres, na Inglaterra, o novo exame, procura por uma “marca de idade” nas células do corpo ao comparar o comportamento de 150 genes. A idade biológica pode ajudar a identificar os riscos de uma pessoa desenvolver doenças como o Alzheimer e até mesmo prever quando ela irá morrer, segundo informaram os autores do estudo.
No estudo, cientistas compararam inicialmente, 54 mil marcadores de atividade de genes em pessoas saudáveis, entretanto sedentárias, na faixa etária entre 25 e 65 anos. Em meio a análise, pesquisadores identificaram um padrão de ativação em 150 genes que precisavam “estar no lugar certo” para um envelhecimento saudável.
De acordo com o pesquisador do King’s College London e um dos autores do estudo, Jamie Timmons, em todos os nossos tecidos há uma marca de idade comum, no entanto, parece ser um prognóstico para diversas coisas, incluindo longevidade e declínio cognitivo. Jamie também acrescenta que aparentemente, a partir dos 40 anos, podem ser apontados os indícios de envelhecimento.
Resultados apontam que as pessoas com as piores pontuações estão muito mais propensas a sofrer de declínio mental e saúde precária, como a perda da função renal. No entanto, os pacientes diagnosticados com doença de Alzheimer tinham pontuações muito baixas, em comparação com os que não tinham a doença, o que sugere uma associação significativa entre a “idade biológica” e a doença.
Um novo exame, também foi realizado em um grupo de homens suecos na faixa etária dos 70 anos, na segunda fase da pesquisa, o que cooperou para que os cientistas identificassem quem estava envelhecendo bem e quem estava envelhecendo muito rápido. Segundo Jamie, o grupo de estudo conseguiu de fato, selecionar pessoas com risco maior de morte.
Após descoberta, a expectativa agora, é fazer com que o exame possa ser útil nas áreas de medicina, uma vez que pode ser uma ferramenta útil na previsão do início da demência.
L.O.