Novo caso de ebola na Libéria surpreende OMS

Um novo caso de ebola na Libéria acabou com a esperança das autoridades de saúde de dar a epidemia por superada ainda este ano. O país africano tinha sido declarado livre do ebola no início de setembro, até que testes deram positivo para um menino de 10 anos, morador de Monróvia, capital da Libéria, na sexta-feira passada (20.11). Conforme a Organização Mundial de Saúde, o menino, seus pais e três irmãos foram levados para um centro de tratamento para evitar que eles também desenvolvam a doença.

O porta-voz da OMS, Gregory Hartl, confirmou que o caso está sendo investigado e que entre as possibilidades examinadas sobre a forma de contágio se destaca a de que o garoto possa ter entrado em contato com algum paciente já curado e que este tenha lhe transmitido o vírus, ou então com alguma pessoa doente que ainda não foi diagnosticada. O que se sabe é que o vírus pode resistir por meses no sêmen dos sobreviventes. A comunidade científica, entretanto, não tem todas as respostas a respeito de sua possível reaparição em pessoas sadias que tenham estado contagiadas.

Contagem regressiva vai recomeçar

As autoridades sanitárias mundiais e africanas já tinham iniciado a contagem regressiva de 42 dias para declarar de uma vez por todas finalizada a epidemia de ebola no dia 28 de dezembro. O novo caso surgido na Libéria representa a reativação do surto, que vai completar mais de dois anos, conforme publicado no jornal El País.

Mais de 11 mil pessoas morreram por causa da epidemia e mais de 28 mil foram contagiadas em quase dois anos, desde que a doença surgiu em dezembro de 2013 n a África Ocidental, afetando principalmente Guiné onde o surto teria começado, Serra Leoa e Libéria. Houve casos também no Mali e na Nigéria, e, de forma pontual, no Senegal, Espanha e Estados Unidos.

A epidemia chegou ao auge em meados de 2014 e foi perdendo força progressivamente. No dia 3 de setembro deste ano, a Libéria foi declarada livre do ebola. No dia 7 de novembro foi a vez de Serra Leoa, e a Guiné se tornou o último país a ter casos ativos no dia 17 de novembro, depois da cura de um bebê de apenas 21 dias.

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A.V.

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