A partir de agora, as novas regras trazem medidas mais rígidas para os profissionais de medicina. Criada pelo Conselho Federal de Medicina – CFM, a nova resolução pretende tanto evitar a autopromoção de médicos, assim como impor limites na publicação de selfies – autorretratos – dos profissionais em redes sociais. As informações são do Jornal Folha de São Paulo.
Além disso, a nova regra também prevê alteração em pontos específicos de outra resolução, de 2011, que já cominava a conduta ética para a publicidade médica em veículos de comunicação, no entanto, cria itens específicos para a divulgação nas mídias sociais, conforme informou a publicação no Diário Oficial da União – DOU, nesta semana.
De acordo com o texto publicado, entre as regras está a proibição de participação de médicos ou lideranças de entidades da categoria em anúncios de empresas ou de produtos de qualquer natureza. Fica também proibido a propaganda de métodos ou técnicas não reconhecidas pelo conselho.
Para Emmanuel Fortes Cavalcante, 3º vice-presidente do CFM, as novas regras oferecem parâmetros seguros aos médicos em relação à postura ética na relação com os pacientes. No entanto, com as regras mais severas, os profissionais serão protegidos de processos movidos por pacientes em busca de indenizações por danos materiais ou morais por abusos na publicidade.
Fica também proibido a divulgação de endereço e telefone de consultórios e clínicas em todas as redes sociais e aplicativos de conversas on-line. A divulgação de autorretratos, imagens ou arquivos de áudio que caracterizem sensacionalismo, autopromoção ou concorrência desleal, também estão proibidos pelos médicos, a partir da nova norma – o item específico é consequência de queixas ao conselho.
Portanto, a proibição vai evitar exposição de procedimentos cirúrgicos com os próprios pacientes – situações ocorridas atualmente. Além disso, é vetada ainda, a divulgação de imagens de pacientes para promover o sucesso de uma intervenção médica, por exemplo, os chamados “antes e depois”.
Consultas ou prescrição de medicamentos à distância, também são impedidas com a nova regra.
De acordo com o DOU, os profissionais que desrespeitarem a norma podem ser submetidos a investigações, com medidas desde advertência até suspensão da licença para trabalhar.
L.O.